Origens Esotéricas do Xadrez
O xadrez é um jogo antiqüíssimo, tem muitos milênios de existência, e por
isso não é de se estranhar que estejam ligadas a ele lendas cuja veracidade
é difícil de comprovar, devido à sua antigüidade. Para compreendê-lo, não é
necessário ser um mestre no xadrez, basta simplesmente saber que o
tabuleiro onde se joga está dividido em 64 casas, divididas igual e
alternadamente em brancas e pretas.
Uma das lendas diz: O jogo de xadrez foi inventado na Índia. Quando o rei
Cheram o conheceu ficou maravilhado do engenhoso que era esse jogo e da
múltipla variedade de posições que nele são possíveis.
Ao se inteirar que o inventor era um de seus súditos, o rei manou chamá-lo
com o objetivo de recompensá-lo pessoalmente por seu acertado invento. O
inventor, de nome Seta, apresentou-se ante o soberano, vestindo-se com
muita modéstia, e que vivia graças aos meios que lhe proporcionavam seus
discípulos.
Seta, quero te recompensar dignamente pelo engenhoso jogo que inventaste,
disse o rei. O sábio agradeceu, mas não aceitou a generosidade. Sou rico o
bastante para cumprir qualquer desejo teu. Diz-me recompensa que desejas e
eu te satisfarei. Seta continuou calado. Não sejas tímido, expressa teu
desejo, não vacilarei em nada para satisfazê-lo.
Grande é a tua magnanimidade, ó soberano, porém concede-me um curto prazo
para meditar sobre a resposta, e amanhã, depois de árduas reflexões
comunicarei ao senhor a petição.
Quando ao dia seguinte Seta se apresentou de novo ante o trono, deixou o
rei maravilhado por sua petição sem precedentes. Soberano, disse Seta,
manda que me entreguem um grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro de
xadrez. Um simples grão de trigo?, contestou admirado o rei. Sim, soberano,
e pela segunda casa ordene que me entreguem dois grãos, pela terceira
quatro grãos, pela quarta oito, pela quinta dezesseis, pela sexta trinta e
dois etc.
Basta, o rei interrompeu irritado, receberás o trigo correspondente às 64
casas do Tabuleiro de acordo com teu desejo: a cada casinha receberás uma
dupla quantidade que pediste, porém deverás saber que tua petição é indigna
de minha generosidade; ao me pedir tão mísera recompensa menosprezas
irreverentemente minha benevolência. Em verdade, como sábio que és deverias
Ter dado maior prova de respeito ante a bondade de teu soberano. Sai daqui,
meus servos te darão esse saco de trigo que solicitaste.
Os matemáticos da corte trabalharam intensamente para calcular a recompensa
de Seta, que ficou esperando na porta do palácio real. Somente ao amanhecer
do outro dia o matemático chefe da corte solicitou audiência para
apresentar ao rei um informe muito importante: Ó rei, calculamos
escrupulosamente a quantidade de grãos que Seta deseja receber. Resulta uma
cifra astronômica, absurdamente gigantesca. Seja qual for sua magnitude,
interrompeu com altivez o rei, meus graneiros não empobrecerão meus
depósitos, prometi dar a recompensa a Seta e portanto eu a entregarei.
Soberano, agora não depende de tua vontade o cumprir semelhante desejo, em
todos os teus graneiros não existe a quantidade de trigo que exige Seta.
Tampouco existe nos graneiros de todo o reino, até mesmo os graneiros do
mundo são insuficientes.
Se desejas entregar sem falta a recompensa prometida, ordena que todos os
reinos da terra se convertam em lavouras, manda secar mares y oceanos,
ordena fundir os gelos y as neves que cobrem os distantes desertos do
norte, que todo o espaço seja totalmente semeado e se ordene entregar toda
a colheita obtida a Seta. Somente então receberá sua recompensa. Diz-me
qual é essa cifra tão monstruosa de grãos, disse o rei, reflexionando
espantado. Ó soberano, são dezoito quintilhões, quatrocentos e quarenta e
seis quatrilhões, setecentos e setenta e quatro trilhões, setenta e três
bilhões, setecentos e nove milhões, cinqüenta e um mil e seiscentos e
quinze 18.446.744.073.709.051.615).
Ou seja, é o mesmo que 2 elevado à potência 64...
A recompensa do Inventor do Xadrez deverá ocupar um volume aproximado de
12.000 Km3. Se o graneiro tivesse 4 metros de altura e 10 de largura, seu
comprimento teria que ter 300.000.000 de quilômetros, ou seja, o dobro da
distância que separa a terra do sol. (trechos tomados do livro O Divertido
Jogo das Matemáticas, de autoria de Perelman.)
ASPECTO ESOTÉRICO DO XADREZ
Símbolos das partes do tabuleiro
Representa em si o Jogo da Vida. A vida é um tabuleiro de xadrez, na qual
cada um de nossos atos é uma jogada. Se nossas jogadas são boas,
inteligentes e oportunas o resultado será o êxito, saúde e longevidade. Se
pelo contrário nossas jogadas são feitas de má-fé, egoístas e inoportunas,
o resultado será o fracasso, a enfermidade e a morte. Se analisarmos
numericamente a quantidade de casas num tabuleiro, encontraremos 64, que
para efeitos cabalísticos nos dá um total de 10, o qual representa a Lei da
Recorrência, a Repetição, a Retribuição, a Roda do Samsara, as forças
evolutivas.
A quantidade de casas brancas é 32 (3 + 2 = 5), a lei do Dharma. Em
linguagem mística da luz, quando nos iniciamos no tabuleiro da existência
nos recebem as forças brancas, ou seja, os peões com suas forças brancas,
ou seja, os peões brancos nos dão as boas-vindas, indicando que começamos a
Evoluir. Como quer que nada na Natureza está extático, chega o momento em
que se fracassa e caímos nas garras das forças involutivas. A quantidade de
casas pretas é de 32 (3 + 2 = 5), a lei do Karma. Na linguagem mística das
trevas, é a decadência, a disfunção e a morte.
O bem e o mal não existem. Uma coisa é boa quando nos convém e má quando
não nos convém. O bem e o mal são uma questão de conveniências caprichosas
da mente. O homem que inventou os fatídicos termos Bem e Mal foi um atlante
chamado MAKARI KRONVERZYON, distinto membro da sociedade científica
AKALDAN, situada na submergido continente atlante. Esse velho sábio jamais
suspeitou do grave dano que causaria à humanidade com a invenção dessas
suas duas palavrinhas.
Os Peões:
Quando enfocamos o jogo nos aspectos militares, sobretudo nas cortes
medievais, simbolizam os soldados do Rei, que é a base dos planos do peão
para que avance, é um germe de debilidade que se cria.
Os oito peões são as oito Virtudes da Mãe Devi-Kundalini, que são:
Compreensão, Vontade, Verbo, Reto pensar, Reto sentir, Reta maneira de
ganhar a vida, que haja Paz e que haja Amor. Também representa o Arcano
oito do Tarô (ou seja, o Padrão das Medidas): a Justiça, cada um de nós
lutando contra os contratempos.
Os movimentos são muito limitados, as sombras do pecado desse Rei Interno
de cada um de nós que nunca pecou, tu sabes.
As Torres:
Simbolizam o estado de Alerta Percepção e de Alerta Novidade, nos Grandes
Mistérios davam ao neófito o Cinzel e o Martelo para que fosse polindo as
duas colunas do Templo, a Branca e a Negra, ou melhor, a Dórica e a Jônica.
Os Cimentos da torre na época medieval eram de pedra e quase todas as
torres estavam feitas deste material, símbolo resplandecente da Energia
Sexual.
Os Cavalos:
Representam a Ousadia e o valor para eliminar o Medo, sus movimentos
descrevem o esquadro e o compasso, tão importantes nos estudos maçônicos.
Seus movimentos são em forma de L, que no sistema de numeração romana tem o
valor de 50, que decompondo-se nos está indicando a Lei em Rigor.
Os Bispos:
Nas cortes medievais conheciam-se com o nome de Bispos e eram os que
estavam mais próximos ao Rei; alegorizavam as Lanças, a Urânia-Vênus dos
Gregos.
O Rei:
Representa a Sabeduria, nosso Real Ser, el V.M. Interno, a Estrela Interior
que sempre nos sorri.
Todo o jogo do Xadrez consiste em colocar o rei em uma situação tal que não
possa mover-se e então é quando se lhe dá a Morte, o Xeque-Mate. É sabido
que terminada uma partida de xadrez se pode iniciar mais uma vez, segundo
os acordos dos jogadores, porém o Rei segue sendo o Rei e este não muda,
assim é nosso Real Ser. É o que foi, o que é e o que será.
Deve-se notar que alguns valores que temos dado às não são os valores
clássicos, senão Esotéricos.
A Rainha:
Não poderia faltar no Tabuleiro da existência e no xadrez o elemento
feminino, o princípio universal da vida, o qual resplandece em toda a Obra,
o próprio Deus; o Rei desdobrado em Mulher, o Eterno Amor que flui e reflui
em todo o criado.
Desde crianças pedimos suas ternuras porque Ela é a outra metade de nosso
Ser e vice-versa.
Sem a Dama, a Rainha, em uma partida de xadrez, nos sentimos sem o poder
supremo, estamos perdidos.
Se fizermos um estudo transcendental das diferentes culturas vemos como por
trás da glória dos Grandes Homens Ilustres sempre havia uma Mulher, como a
Sacerdotisa de Tebas, em meio de tochas falou às multidões, como a
Sacerdotisa dos Templos de Mistérios. Reinou no Egito, como Vestal de
Delfos, sob o nome de Pitonisa... Um grande Mestre disse: O Summum da
Beleza é a Mulher, a Natureza, a Música, as Flores, uma Paisagem... uma
criança nos comove, porém a mulher nos comove e nos atrai, nos inspira e
nos provoca.
A liberdade de movimentos da Rainha, num tabuleiro de xadrez, é formidável,
os valores fundamentais do xadrez são o Tempo, ou seja, a Rapidez, para
realizar os planos, o espaço, o domínio do maior número de defeitos; se as
jogadas no xadrez são bem feitas e com força suficiente, se o
desenvolvimento e as circunstâncias foras maravilhosos, o resultado será a
Vitória.
Na vida, o homem se enfrenta com inúmeros problemas, cada pessoa necessita
saber como resolver cada um desses problemas; inteligentemente todo
xadrezista sabe que toda solução está no próprio problema, sempre que haja
a tranqüilidade e equilíbrio perfeitos entre a Mente, a Emoção e o Centro
Motor.
No mundo existe uma enorme quantidade de pessoas a quem se lhe proporcionou
elementos para triunfar na vida, porém carecem de hábitos e da capacidade
para Raciocinar logicamente, porque podemos assegurar que todos os seres
humanos somos pedras de xadrez no Tabuleiro da Vida; e sobre nós estão
Seres Superiores que umas vezes dão apoio às pedras pretas e outras às
brancas.
Cada um de nós está nestes momentos repetindo a mesma partida de sua vida
passada, mais as conseqüências, boas ou más, sob os efeitos da Lei de
Recorrência. Jogadores Inconscientes que não aprendemos a jogar
inteligentemente e que nosso destino não o decide um só propósito senão
milhares e milhares de agregados. psicológicos.
Todos os seres humanos sem um Ensinamento superior somos como uma partida
de xadrez sem peões, curtos de inteligência e com muitas limitações, que
ignoramos que dentro de nós terríveis possibilidades que devidamente
desenvolvidas nos levariam à Vitória Final.
A Gnose pois nos convida mediante o jogo-ciência a ser verdadeiros
jogadores inteligentes e conscientes, como também para mover dentro de
Forças superiores ignotas, que farão de nós Homens reais e verdadeiros.
Síntese do Xadrez Esotérico na Prática
Trabalho Arcânico no Xadrez Esotérico
· Rei e a Rainha. Simbolizam o homem e a mulher trabalhando na Grande
Obra, o Arcano AZF.
· Os Bispos são a Lança e a Gadanha, simbolizando desta maneira à Mãe
Divina fabricando Corpos e desintegrando Defeitos.
· Os Cavalos. Simbolizando a força que vai-se adquirindo através do
trabalho com a energia sexual transmutada, simboliza também a Inteligência,
a amizade e o triunfo.
· As Torres simbolizam o Corpo Astral e o Mundo Mental. As saudações
JÁKIN-BOAZ, que se faz à entrada de todo templo e que o homem e a mulher
deve fazer no momento de ir ao trabalho sexual AZF.
· Os Peões. Indicando as 8 Virtudes da Kundalini e que devemos
conquistar para poder ser aceitos por Devi Kundalini.
· O Tabuleiro. É o jogo da Vida e não sabemos se estamos jogando a
última partida.
· Os Quadrados Pretos e Brancos. Que algumas vezes as pretas nos dão
força e outras as brancas. Positivo e negativo. O equilíbrio em tudo.
· A palavra Xadrez (Nota do Tradutor: em espanhol AJEDREZ. A partir de
agora, o Mestre Samael explica o significado das letras que compõem a
palavra Ajedrez). Simbolicamente vemos a Balança da Justiça Cósmica assim:
· A letra A: a água, ou seja, o Karma.
· A Z: o fogo, ou seja, Dharma.
· A D: O equilíbrio que se deve ter em tudo e assim lograr realizar-nos.
· Si decompomos mais as letras, vemos o seguinte:
· A letra J: simboliza o Bastão dos Patriarcas.
· A E: simboliza os Quatro Elementos da Natureza. A Esfinge do Egito
milenar. O Verbo.
· A R: O fogo Sagrado do Espírito Santo. A Mãe Divina Kundalini.
Autoria deste texto: Samael Aun Weor
O xadrez é um jogo antiqüíssimo, tem muitos milênios de existência, e por
isso não é de se estranhar que estejam ligadas a ele lendas cuja veracidade
é difícil de comprovar, devido à sua antigüidade. Para compreendê-lo, não é
necessário ser um mestre no xadrez, basta simplesmente saber que o
tabuleiro onde se joga está dividido em 64 casas, divididas igual e
alternadamente em brancas e pretas.
Uma das lendas diz: O jogo de xadrez foi inventado na Índia. Quando o rei
Cheram o conheceu ficou maravilhado do engenhoso que era esse jogo e da
múltipla variedade de posições que nele são possíveis.
Ao se inteirar que o inventor era um de seus súditos, o rei manou chamá-lo
com o objetivo de recompensá-lo pessoalmente por seu acertado invento. O
inventor, de nome Seta, apresentou-se ante o soberano, vestindo-se com
muita modéstia, e que vivia graças aos meios que lhe proporcionavam seus
discípulos.
Seta, quero te recompensar dignamente pelo engenhoso jogo que inventaste,
disse o rei. O sábio agradeceu, mas não aceitou a generosidade. Sou rico o
bastante para cumprir qualquer desejo teu. Diz-me recompensa que desejas e
eu te satisfarei. Seta continuou calado. Não sejas tímido, expressa teu
desejo, não vacilarei em nada para satisfazê-lo.
Grande é a tua magnanimidade, ó soberano, porém concede-me um curto prazo
para meditar sobre a resposta, e amanhã, depois de árduas reflexões
comunicarei ao senhor a petição.
Quando ao dia seguinte Seta se apresentou de novo ante o trono, deixou o
rei maravilhado por sua petição sem precedentes. Soberano, disse Seta,
manda que me entreguem um grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro de
xadrez. Um simples grão de trigo?, contestou admirado o rei. Sim, soberano,
e pela segunda casa ordene que me entreguem dois grãos, pela terceira
quatro grãos, pela quarta oito, pela quinta dezesseis, pela sexta trinta e
dois etc.
Basta, o rei interrompeu irritado, receberás o trigo correspondente às 64
casas do Tabuleiro de acordo com teu desejo: a cada casinha receberás uma
dupla quantidade que pediste, porém deverás saber que tua petição é indigna
de minha generosidade; ao me pedir tão mísera recompensa menosprezas
irreverentemente minha benevolência. Em verdade, como sábio que és deverias
Ter dado maior prova de respeito ante a bondade de teu soberano. Sai daqui,
meus servos te darão esse saco de trigo que solicitaste.
Os matemáticos da corte trabalharam intensamente para calcular a recompensa
de Seta, que ficou esperando na porta do palácio real. Somente ao amanhecer
do outro dia o matemático chefe da corte solicitou audiência para
apresentar ao rei um informe muito importante: Ó rei, calculamos
escrupulosamente a quantidade de grãos que Seta deseja receber. Resulta uma
cifra astronômica, absurdamente gigantesca. Seja qual for sua magnitude,
interrompeu com altivez o rei, meus graneiros não empobrecerão meus
depósitos, prometi dar a recompensa a Seta e portanto eu a entregarei.
Soberano, agora não depende de tua vontade o cumprir semelhante desejo, em
todos os teus graneiros não existe a quantidade de trigo que exige Seta.
Tampouco existe nos graneiros de todo o reino, até mesmo os graneiros do
mundo são insuficientes.
Se desejas entregar sem falta a recompensa prometida, ordena que todos os
reinos da terra se convertam em lavouras, manda secar mares y oceanos,
ordena fundir os gelos y as neves que cobrem os distantes desertos do
norte, que todo o espaço seja totalmente semeado e se ordene entregar toda
a colheita obtida a Seta. Somente então receberá sua recompensa. Diz-me
qual é essa cifra tão monstruosa de grãos, disse o rei, reflexionando
espantado. Ó soberano, são dezoito quintilhões, quatrocentos e quarenta e
seis quatrilhões, setecentos e setenta e quatro trilhões, setenta e três
bilhões, setecentos e nove milhões, cinqüenta e um mil e seiscentos e
quinze 18.446.744.073.709.051.615).
Ou seja, é o mesmo que 2 elevado à potência 64...
A recompensa do Inventor do Xadrez deverá ocupar um volume aproximado de
12.000 Km3. Se o graneiro tivesse 4 metros de altura e 10 de largura, seu
comprimento teria que ter 300.000.000 de quilômetros, ou seja, o dobro da
distância que separa a terra do sol. (trechos tomados do livro O Divertido
Jogo das Matemáticas, de autoria de Perelman.)
ASPECTO ESOTÉRICO DO XADREZ
Símbolos das partes do tabuleiro
Representa em si o Jogo da Vida. A vida é um tabuleiro de xadrez, na qual
cada um de nossos atos é uma jogada. Se nossas jogadas são boas,
inteligentes e oportunas o resultado será o êxito, saúde e longevidade. Se
pelo contrário nossas jogadas são feitas de má-fé, egoístas e inoportunas,
o resultado será o fracasso, a enfermidade e a morte. Se analisarmos
numericamente a quantidade de casas num tabuleiro, encontraremos 64, que
para efeitos cabalísticos nos dá um total de 10, o qual representa a Lei da
Recorrência, a Repetição, a Retribuição, a Roda do Samsara, as forças
evolutivas.
A quantidade de casas brancas é 32 (3 + 2 = 5), a lei do Dharma. Em
linguagem mística da luz, quando nos iniciamos no tabuleiro da existência
nos recebem as forças brancas, ou seja, os peões com suas forças brancas,
ou seja, os peões brancos nos dão as boas-vindas, indicando que começamos a
Evoluir. Como quer que nada na Natureza está extático, chega o momento em
que se fracassa e caímos nas garras das forças involutivas. A quantidade de
casas pretas é de 32 (3 + 2 = 5), a lei do Karma. Na linguagem mística das
trevas, é a decadência, a disfunção e a morte.
O bem e o mal não existem. Uma coisa é boa quando nos convém e má quando
não nos convém. O bem e o mal são uma questão de conveniências caprichosas
da mente. O homem que inventou os fatídicos termos Bem e Mal foi um atlante
chamado MAKARI KRONVERZYON, distinto membro da sociedade científica
AKALDAN, situada na submergido continente atlante. Esse velho sábio jamais
suspeitou do grave dano que causaria à humanidade com a invenção dessas
suas duas palavrinhas.
Os Peões:
Quando enfocamos o jogo nos aspectos militares, sobretudo nas cortes
medievais, simbolizam os soldados do Rei, que é a base dos planos do peão
para que avance, é um germe de debilidade que se cria.
Os oito peões são as oito Virtudes da Mãe Devi-Kundalini, que são:
Compreensão, Vontade, Verbo, Reto pensar, Reto sentir, Reta maneira de
ganhar a vida, que haja Paz e que haja Amor. Também representa o Arcano
oito do Tarô (ou seja, o Padrão das Medidas): a Justiça, cada um de nós
lutando contra os contratempos.
Os movimentos são muito limitados, as sombras do pecado desse Rei Interno
de cada um de nós que nunca pecou, tu sabes.
As Torres:
Simbolizam o estado de Alerta Percepção e de Alerta Novidade, nos Grandes
Mistérios davam ao neófito o Cinzel e o Martelo para que fosse polindo as
duas colunas do Templo, a Branca e a Negra, ou melhor, a Dórica e a Jônica.
Os Cimentos da torre na época medieval eram de pedra e quase todas as
torres estavam feitas deste material, símbolo resplandecente da Energia
Sexual.
Os Cavalos:
Representam a Ousadia e o valor para eliminar o Medo, sus movimentos
descrevem o esquadro e o compasso, tão importantes nos estudos maçônicos.
Seus movimentos são em forma de L, que no sistema de numeração romana tem o
valor de 50, que decompondo-se nos está indicando a Lei em Rigor.
Os Bispos:
Nas cortes medievais conheciam-se com o nome de Bispos e eram os que
estavam mais próximos ao Rei; alegorizavam as Lanças, a Urânia-Vênus dos
Gregos.
O Rei:
Representa a Sabeduria, nosso Real Ser, el V.M. Interno, a Estrela Interior
que sempre nos sorri.
Todo o jogo do Xadrez consiste em colocar o rei em uma situação tal que não
possa mover-se e então é quando se lhe dá a Morte, o Xeque-Mate. É sabido
que terminada uma partida de xadrez se pode iniciar mais uma vez, segundo
os acordos dos jogadores, porém o Rei segue sendo o Rei e este não muda,
assim é nosso Real Ser. É o que foi, o que é e o que será.
Deve-se notar que alguns valores que temos dado às não são os valores
clássicos, senão Esotéricos.
A Rainha:
Não poderia faltar no Tabuleiro da existência e no xadrez o elemento
feminino, o princípio universal da vida, o qual resplandece em toda a Obra,
o próprio Deus; o Rei desdobrado em Mulher, o Eterno Amor que flui e reflui
em todo o criado.
Desde crianças pedimos suas ternuras porque Ela é a outra metade de nosso
Ser e vice-versa.
Sem a Dama, a Rainha, em uma partida de xadrez, nos sentimos sem o poder
supremo, estamos perdidos.
Se fizermos um estudo transcendental das diferentes culturas vemos como por
trás da glória dos Grandes Homens Ilustres sempre havia uma Mulher, como a
Sacerdotisa de Tebas, em meio de tochas falou às multidões, como a
Sacerdotisa dos Templos de Mistérios. Reinou no Egito, como Vestal de
Delfos, sob o nome de Pitonisa... Um grande Mestre disse: O Summum da
Beleza é a Mulher, a Natureza, a Música, as Flores, uma Paisagem... uma
criança nos comove, porém a mulher nos comove e nos atrai, nos inspira e
nos provoca.
A liberdade de movimentos da Rainha, num tabuleiro de xadrez, é formidável,
os valores fundamentais do xadrez são o Tempo, ou seja, a Rapidez, para
realizar os planos, o espaço, o domínio do maior número de defeitos; se as
jogadas no xadrez são bem feitas e com força suficiente, se o
desenvolvimento e as circunstâncias foras maravilhosos, o resultado será a
Vitória.
Na vida, o homem se enfrenta com inúmeros problemas, cada pessoa necessita
saber como resolver cada um desses problemas; inteligentemente todo
xadrezista sabe que toda solução está no próprio problema, sempre que haja
a tranqüilidade e equilíbrio perfeitos entre a Mente, a Emoção e o Centro
Motor.
No mundo existe uma enorme quantidade de pessoas a quem se lhe proporcionou
elementos para triunfar na vida, porém carecem de hábitos e da capacidade
para Raciocinar logicamente, porque podemos assegurar que todos os seres
humanos somos pedras de xadrez no Tabuleiro da Vida; e sobre nós estão
Seres Superiores que umas vezes dão apoio às pedras pretas e outras às
brancas.
Cada um de nós está nestes momentos repetindo a mesma partida de sua vida
passada, mais as conseqüências, boas ou más, sob os efeitos da Lei de
Recorrência. Jogadores Inconscientes que não aprendemos a jogar
inteligentemente e que nosso destino não o decide um só propósito senão
milhares e milhares de agregados. psicológicos.
Todos os seres humanos sem um Ensinamento superior somos como uma partida
de xadrez sem peões, curtos de inteligência e com muitas limitações, que
ignoramos que dentro de nós terríveis possibilidades que devidamente
desenvolvidas nos levariam à Vitória Final.
A Gnose pois nos convida mediante o jogo-ciência a ser verdadeiros
jogadores inteligentes e conscientes, como também para mover dentro de
Forças superiores ignotas, que farão de nós Homens reais e verdadeiros.
Síntese do Xadrez Esotérico na Prática
Trabalho Arcânico no Xadrez Esotérico
· Rei e a Rainha. Simbolizam o homem e a mulher trabalhando na Grande
Obra, o Arcano AZF.
· Os Bispos são a Lança e a Gadanha, simbolizando desta maneira à Mãe
Divina fabricando Corpos e desintegrando Defeitos.
· Os Cavalos. Simbolizando a força que vai-se adquirindo através do
trabalho com a energia sexual transmutada, simboliza também a Inteligência,
a amizade e o triunfo.
· As Torres simbolizam o Corpo Astral e o Mundo Mental. As saudações
JÁKIN-BOAZ, que se faz à entrada de todo templo e que o homem e a mulher
deve fazer no momento de ir ao trabalho sexual AZF.
· Os Peões. Indicando as 8 Virtudes da Kundalini e que devemos
conquistar para poder ser aceitos por Devi Kundalini.
· O Tabuleiro. É o jogo da Vida e não sabemos se estamos jogando a
última partida.
· Os Quadrados Pretos e Brancos. Que algumas vezes as pretas nos dão
força e outras as brancas. Positivo e negativo. O equilíbrio em tudo.
· A palavra Xadrez (Nota do Tradutor: em espanhol AJEDREZ. A partir de
agora, o Mestre Samael explica o significado das letras que compõem a
palavra Ajedrez). Simbolicamente vemos a Balança da Justiça Cósmica assim:
· A letra A: a água, ou seja, o Karma.
· A Z: o fogo, ou seja, Dharma.
· A D: O equilíbrio que se deve ter em tudo e assim lograr realizar-nos.
· Si decompomos mais as letras, vemos o seguinte:
· A letra J: simboliza o Bastão dos Patriarcas.
· A E: simboliza os Quatro Elementos da Natureza. A Esfinge do Egito
milenar. O Verbo.
· A R: O fogo Sagrado do Espírito Santo. A Mãe Divina Kundalini.
Autoria deste texto: Samael Aun Weor
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