quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Codigo de Vida Rosa Cruz

A Liberdade é o Caminho para uma Vida Moral
Por Ordem Rosacruz - AMORC

A base sobre a qual foram anteriormente estabelecidos as crenças, as práticas, e os princípios morais e éticos está perdendo o seu apoio. É bem conhecido que no campo da religião, em determinada época, a vida moral do homem estava estreitamente associada com a prática e crença religiosa. Era também conceito comum que a violação do código moral resultaria em punição na eternidade, isto é, o código moral estava intimamente relacionado com a religião. Lembro-me de que, quando ainda menino, violar um princípio moral ou uma doutrina estabelecida por alguma religião equivalia a um bilhete de ida para o inferno e a condenação eterna.

As pessoas hoje em dia não aceitam nem respeitam a religião como apoio necessário das práticas morais e éticas do individuo. Conseqüentemente, há os que afirmam que a moralidade tem pequena influencia sobre as gerações atuais e que, na verdade, estamos vivendo na época mais imoral de todos os tempos. Não vou abordar a questão do grau de moralidade que hoje existe ou que existiu em qualquer período da historia, porém concordaremos todos em que a religião como força pode exercer pouco ou nenhuma expressão sobre a conduta moral do individuo.

Ainda há base para a moralidade, e essa base, segundo afirmou um renomado pensador, não tem merecido a atenção que acredita merecer. Esse conceito é que há estreita relação entre a moralidade e a liberdade. De todos os valores no mundo físico, a liberdade tem sido considerada como um dos maiores. Os homens se empenham em guerras, morrem em conflitos sociais e éticos, sacrificam sua vida e suas posses em nome da liberdade; paises são formados; códigos e sistemas de conduta são elaborados para assegurar liberdade ao individuo comum. Quase todas as nações do mundo sentem-se orgulhosas com a base em que está estabelecido o seu país para permitir o máximo de liberdade ao individuo. Sem duvida, a liberdade é um bem valioso. Ela confere a cada cidadão o direito de fazer o que quiser, de agir como melhor entender, e de encaminhar sua vida de acordo com suas próprias decisões e suas próprias crenças se, com essa maneira de proceder, não interferir com o direito de liberdade de outros indivíduos.

Penso que não há dúvidas de que todos nós desejamos liberdade. Tudo faremos para evitar a cessão de nossos direitos à livre iniciativa e à liberdade. Com esse conceito, a moralidade tem estreita relação. O viver imoral restringe a liberdade. A pessoa que mente, imediatamente se coloca em posição que restringe sua liberdade visto que tem de pensar no desfecho de tudo que diz e faz, para estar certa de que tudo se ajuste à mentira que já contou. Sempre que conta uma mentira, sua conduta futura no setor ou parte de sua vida por ela afetada tem sempre de se adaptar à mentira contada. O resultado é que ela renuncia a uma parte de sua liberdade de ação porque tem de parar e pensar na maneira de basear sua vida na mentira que contou e deseja seja aceita como verdade.

O casal muito jovem, por exemplo, que é forçado a um casamento prematuro ou apressado, perde um período de liberdade numa ocasião em que cada um deles poderia estar se preocupando para a vida em vez de ter de se adaptar ao outro. Sacrificaram a liberdade da idade em que possivelmente poderiam estar terminando um segundo grau para entrarem na faculdade ou para iniciarem uma profissão. Não é errado casar cedo, porém, melhor é que o individuo seja capaz de tomar essa decisão sem se encontrar em uma situação em que é forçado a fazê-lo e como conseqüência de um ato voluntário anterior que, depois, irá roubar-lhe parte da liberdade.

Em outras palavras, a base para a moral hoje em dia pode ser firmada no amor à liberdade. Se, desde a infância, nos for ensinado o valor da liberdade e que qualquer ato imoral restringe essa liberdade, então, tenho certeza de que, com o tempo, uma base para a ação moral poderá ser estabelecida para que essa liberdade seja mantida, tão forte quanto a que assenta na superstição, nas crenças religiosas, ou na ameaça de punição de um "superior" qualquer.

A moralidade não deve ser associada com a punição. Deve, sim, estar ligada às vantagens e ao gozo da liberdade individual. O individuo moral é o mais livre dos indivíduos. É o individuo que, estando livre, tem as maiores oportunidades para evoluir, progredir, viver sua própria vida, e cumprir as finalidades para as quais vive.


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A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz.

Fonte : http://www.planetanews.com/news/2004/10134






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