segunda-feira, 19 de março de 2007

Culpa - Programa "Alquimia Interior"

Cida Medeiros em seu programa "Alquimia Interior" na TV Espiritualista, fala sobre a culpa e dá algumas orientações a respeito, baseado na filosofia e tradição do Kahunas.

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Segue um complemento do Assunto:


Culpa se refere à responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral ou espiritual a si mesma ou a outrem. O processo de identificação e atribuição de culpa pode se dar no plano subjetivo, intersubjetivo e objetivo.

No sentido subjetivo, a culpa é um sentimento que se apresenta à consciência quando o sujeito avalia seus atos de forma negativa, sentindo-se responsável por falhas, erros e imperfeições. O processo pelo qual se dá essa avaliação é estudado pela Ética e pela Psicologia.

No sentido objetivo, ou intersubjetivo, a culpa é um atributo que um grupo aplica a um indivíduo, ao avaliar os seus atos, quando esses atos resultaram em prejuízo a outros ou a todos. O processo pelo qual se atribui a culpa a um indivíduo é discutido pela Ética, pela Sociologia e pelo Direito.

Sentido jurídico

Em direito, culpa é a violação ou inobservância de uma regra, que produz dano aos direitos de outros, por negligência, imprudência ou imperícia, ou seja, em razão da falta de cuidado objetivo. É o erro não-proposital.

Diferencia-se do dolo porque, neste, o agente tem a intenção de praticar o fato e produzir determinado resultado: existe a má-fé. Na culpa, o agente não possui a intenção de prejudicar o outro, ou produzir o resultado. Não há má-fé.

Sentido religioso

O sentido religioso de culpa, pelo qual um ato da pessoa recebe uma avaliação negativa da divindade, por consistir na transgressão de um tabu ou de uma norma religiosa. A sanção religiosa é um ato social, e pode corresponder a repreensão e pena objetivas. De outra parte, a culpa religiosa compreende também um estado psicológico, existencial e subjetivo, que propõe a busca de expiação de faltas ante o sagrado como parte da própria experiência religiosa. O termo pecado está geralmente ligado à culpa, no sentido religioso.

Sentido psicológico

Em psicologia discute-se a culpa como o sentimento de culpa ou remorso.

O Sentimento de Culpa é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido.

Para a Psicologia Humanista-existencial, especialmente a da linha rogeriana, a culpa é um sentimento como outro qualquer e que pode ser "trabalhado" terapeuticamente ao se abordar este sentimento com aquele que sofre. Para esta linha de Psicologia, um sentimento como esse, quando chega a ser considerado um obstáculo por aquele que o sente, é resultado de um inadequado crescimento pessoal mas não é considerado uma patologia. Para os rogerianos, todas as pessoas têm uma tendência a atualização que se dirige para a plena auto-realização; sendo assim, o sentimento de culpa pode ser apenas limitação momentânea no processo de auto-realização.'

A Nível da Alma a culpa tem haver com o modelo de Perfeição e o modelo de paraíso que cada um tem em relação a sua herança cósmica esta na memória celular e podemos dizer que também é Arquetipico. A pessoa pode estar identificada com a Culpa primordial.

Pelos Kahunas a questão de culpa é encarada como uma crença ou fixação no Eu Básico, e se o Eu Básico e o Eu Médio se convencem de que ouve um pecado, então se produz uma idéia fixa de que deve receber um castigo pelo pecado cometido. Então o Eu básico poderá produzir um acidente ou uma doença.

No sistema Huna atribuída pelos Kahunas toda culpa e pecado deve sofrer “Kala” que é uma purificação, em casos graves, deverá ser feito um serviço desinteressado ao próximo de modo a espiar a culpa ou pecado.

O problema do complexo de culpa e que ele permite um enfraquecimento da energia vital e uma possível atuação de outros eu básicos, que retiram a força vital de outros indivíduos a fim de produzirem obsessão.

sexta-feira, 16 de março de 2007

Xamanismo Havaiano




Venha conhecer um pouco sobre a filosofia huna e
sobre os sacerdotes Kahunas
Paz Géia - 31 de março e 01 de abril de 2007
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quinta-feira, 15 de março de 2007

A Renúncia por Cida Medeiros

Significado: Renunciar, não querer, rejeitar.

Renúncia também pode ser considerado um ato espiritual, para o aprimoramento do
espirito, para elevação e para se alcançar um bem maior.

Todo ato que dignifica o ser numa escala de valores morais e éticos precede sempre
um ato de renúncia face a jornada da alma rumo a Ascensão Espiritual.

Não é nada fácil para o aspirante do caminho sagrado seguir a estrada de
valores humanos e a senda do meio.

Subir um degrau de entendimento, na escalada divina, nos obriga a nós diferenciar,
não para ferir o outro, mais para estar com a consciência em paz e tranquilo pelo
cumprimento de dever.

Porém, pasme, muitos se afastam.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Kali


Hinduísmo: Divindade: Kali

No texto em que descrevo a história de Parvati, eu explico a transformação da mesma em outras divindades, incluindo-se Kali.
Kali é a forma agressiva e tempestuosa de Parvati. Seu aparecimento é um mecanismo de defesa para uma situação extremamente difícil, que exige uma personalidade sanguinária para sua resolução.
Pode-se dizer que Kali é a deusa ideal para contrabalancear situações difíceis, períodos de transição abrupta, eras catastróficas e de crise espiritual e material. Sua representação reflete esse espírito cataclísmico: sangue, caveiras e uma expressão demoníaca.
Kali está presente em nossa era, a Kaliyuga (era de Kali), por ser um período de conflito, incerteza espiritual, desastres e descrenças.

terça-feira, 13 de março de 2007

Otá - O início dos Assentamentos


Jornal de Umbanda Sagrada...
 
Otá - O início dos Assentamentos
 

 

RUBENS SARACENI

 

Um assentamento começa a ser construído sem pressa pelo médium, pe­ça a peça, até que ele tenha no mí­nimo sete elementos do Orixá, todos já consagrados, tanto no seu ponto de forças, quanto no seu centro de Um­­banda.

Não é preciso esperar abrir o cen­tro para começar a constituí-lo rapi­da­mente. Um dos primeiros elementos é o Otá ou pedra do seu Orixá.

O Otá equivale a "pedra funda­men­tal" das grandes construções civis ou de grandes templos erigidos no pla­no material pelas mais diversas reli­giões.

Cada Orixá tem a sua pedra (as) e é por ela que o médium deve come­çar a constituição dos fundamentos do assentamento do seu próprio Ori­xá.

Nos relatam os nossos mais velhos que, durante o período da escravidão, quando se realizava a cerimônia de ini­ciação dos noviços, estes iam mata adentro à procura do seu Otá ou pedra do seu Orixá, e voltavam só ao ama­nhecer, já com ela entre as mãos.

Dali em diante, ela seria o mais po­­deroso elo de ligação com seu Orixá. Seria conservada com zelo e ali­­men­tan­da periodicamente para manter integralmente seu axé (poder).

Normalmente ela era condicionada em uma quartinha de barro, pois a lou­ça era um artigo raro e caro, ina­cessível às classes menos favorecidas. Panelas, vasos, tigelas, canecos, e ou­­tros utensílios feitos de bar­­ro cozido, eram comuns e de uso cotidiano, não só pe­­los in­dígenas, uma vez que os co­­lo­­nizadores mais po­bres tam­bém usa­vam uten­sílios de bar­ro cozido. Eram os vasi­lhames e uten­sílios mais po­pulares e mais baratos na­quela época, cer­to?

Hoje, quando você tem os mesmos utensílios em lou­ça, pode usá-los à vontade. Até porque as quartinhas de barro precisam passar por um envernizamento externo e por um revestimento oleoso in­terno, para que a água ou outra bebida colocada dentro dela não seja absorvida pelo barro e, sob temperaturas elevadas evapore completamente.

Então, como atualmente você não precisa sair às escondidas e em altas horas da noite para encontrar na es­curidão o seu Otá ou pedra do seu Ori­xá, recomendamos que a encontre num rio ou cachoeira pedregosa e ali, calmamente, escolha-o e assim, reco­lha-o levando-o para casa já envolto em um pedaço de pano com a cor do seu Orixá.

Mas lembre-se: Não é só chegar até o leito pedregoso do rio, catar uma pedra rolada, envolvê-la num pa­no e ir embora. Não mesmo!

Há todo um ritual que deve ser cumprido à risca se quiserem que seus Otás tenham axé ou poder de reali­zação. Abaixo vamos descrevê-lo:

1- Encontrar um trecho de rio de águas limpas que seja pedregoso;

2-  Numa margem dele, oferendar nossa mãe Oxum e pedir-lhe licença para recolher dos seus domínios o Otá do seu Orixá.

3 - Depois, oferende o seu Orixá na outra margem ou, se for na mesma, faça-a mais abaixo da oferenda que fez para a Senhora Oxum.

4 - Já com a oferenda feita, der­rame no rio uma garrafa de cham­pag­ne ou outra bebida doce e 7 punhados de açúcar, oferecendo-os aos Seres das Águas, pedindo-lhes licença para entrar no rio e recolher seu Otá.

5 -  Isto feito, o mé­dium deve en­trar no leito do rio e pro­curar uma pedra rolada que o atraia mais que as outras e, quando encon­trá-la, deve pedir licença à Mãe e aos Seres da Àgua para pegá-la para si.

6 - Após pegá-la, de­ve elevá-la com as duas mãos acima da cabeça e, como numa oração, dizer estas palavras: "Meu Pai (ou Mãe) Orixá tal, eis a pe­­dra de axé, o meu Otá! Abençoe-o com tua luz, com teu manto divino e com teu axé, tornando-a, a partir de agora, minha pedra sagrada!"

7 - Após fazer essa primeira con­sa­gração a pessoa deve ir até onde está a oferenda da Mãe Oxum e apre­sentá-la segurando-a na palma das mãos unidas em concha, dizendo-lhe es­tas palavras: "Minha Mãe Oxum, apre­sento-lhe meu Otá. Abençoe-o, minha amada Mãe!"

8 - Após receber a benção da Mãe Oxum, a pessoa deve dirigir-se até onde está a oferenda do seu Orixá, colocá-la dentro dela e fazer esse pe­dido: "Meu Pai (minha Mãe) Orixá tal, peço-lhe que aqui, dentro da sua oferenda, consagres essa pedra de forças, esse meu Otá".

9 -  Após esse pedido, a pessoa de­ve aguardar uns 10 minutos para recolhê-la e envolvê-la no pedaço de pano na cor do Orixá. Mas antes, deve dizer estas palavras: "Meu Pai (minha Mãe), peço-lhe licença para recolher meu Otá com seu axé, e envolvê-lo nesse pedaço de pano que simboliza seu manto protetor para que eu possa levá-la para minha casa protegida e ocultada dos olhares alheios".

10 - Recolha-a e embrulhe-a com o pano. Então peça licença e vá para casa.

Chegando em casa, risque um símbolo do seu Orixá, coloque-o dentro dele; acenda uma vela de 7 dias e co­loque-a dentro dele. Invoque seu Orixá, pedindo-lhe que alimente-a com sua luz viva, só recolhendo-a e guar­dando-a em um local adequado quan­do a vela for toda queimada.

Caso queira, poderá pegar uma tigela de louça colocar dentro dela um pouco de água e macerar um punhado de folhas do Orixá para, em seguida co­locar dentro o seu Otá, iluminar com uma vela de sete dias e pedir-lhe que incor­pore-lhe seu axé vegetal.

Após sete dias com o Otá imerso no caldo vegetal poderá lavá-lo em água corrente que o axé vegetal do Orixá terá sido incorporado a ele.

Só então, a pessoa poderá ali­mentá-lo com a bebida do Orixá. Para alimentá-lo poderá fazê-lo derra­man­do-a na mesma tigela usada para as ervas. O procedimento é idêntico:

• Coloca-se a bebida; a seguir co­loca-se o Otá; cobre-se a tigela com o pano na cor do orixá; ilumina-se com uma vela de 7 dias e faz-se uma ora­ção para que o Orixá alimente-o com o axé da sua bebida.

• Após sete dias, retire o Otá, lave-o em água corrente e coloque-o dentro de uma quartinha de louça ou de barro cerâmico;

• Encha-a com água engarrafada adquirida no comércio pois não contêm cloro e coloque-a, já tampada, em seu altar, oratório ou em um local onde só você mexa.

 • Então, periodicamente, troque a água ou complete-a, que seu Otá passará a atuar em seu benefício, atuan­do como um ponto de força do seu Orixá.

• Quando vier a fazer o assenta­mento dele, coloque nele a sua quar­tinha com seu Otá dentro dela, passan­do a alimentá-la com ela já assentada em definitivo. Aí está seu verdadeiro e genuíno "Otá"!

Temos ouvido relatos de que al­guns dirigentes espirituais adquirem no comércio algumas pedras roladas ou pedregulhos, já manuseados por ou­tras pessoas e, num ritual simples co­locam-nos dentro da quartinha dos se­us filhos espirituais onde, daí em diante estes passarão a alimentá-la periodicamente como se tivessem de fa­to o axé dos Orixás deles.

Mas isto não é verdadeiro e sim, assemelha-se a uma simpatia, que tanto pode funcionar como não.

Um Otá genuíno só deve ter a mão do seu dono e só deve ter a vibração do seu Orixá. Qualquer outra vibração  incorporada ao Otá de uma pes­soa influirá negativamente sobre ele e sobre o seu dono, assim como sobre o próprio Orixá.

Isto acontece quando quem par­ticipou da consagra­ção do Otá fica de mal humor; com rai­va; com ódio dele; com antipatia por ele, etc.

Um Otá é algo pessoal e não deve ser manipulado por mais ninguém além do seu dono e só de­ve conter suas vi­bra­ções e as do seu Orixá.

Além do mais, caso a quartinha com o Otá fique nas dependências do Templo que a pessoa freqüenta, várias coi­sas podem influir sobre ela e ele tais como:

- Caso o Templo esteja sendo de­mandado os donos dos Otás também serão atingidos.

- Caso virem as forças assentadas ou firmadas no Templo, as dos donos dos Otás também serão viradas.

- Caso prendam as forças assen­tadas ou firmadas no Templo, as dos donos dos Otás também serão presas.

- Caso o dirigente fique com ódio de um médium seu, poderá atin­gí-lo atra­vés do seu Otá, e qual­quer outros elementos pessoais colo­cados dentro da quartinha (pois há os que colocam um chumaço de cabelo, retirado do ori do seu filho de santo).

 

Recomendamos às pessoas que fo­rem prejudicadas dessa forma que com­prem 7 quartinhas de louça; con­sigam 7 líquidos diferentes, tais como: mel, bebida do seu orixá, água doce, água salgada, água com ervas ma­ceradas, água com pemba branca rala­da misturada e água de côco.

Com esses sete líquidos engarra­fados separadamente, devem ir até uma cachoeira e nela fazer uma ofe­renda a Mãe Oxum.

Após fazer a oferenda devem pe­dir-lhe licença para colher 7 pedras no leito da cachoeira. Após colhê-las colo­cá-las dentro das 7 quartinhas e acres­centar um pouco de água da ca­choeira.

A seguir, colocar as quartinhas em círculo e derramar dentro de cada uma o líquido de uma garrafa. Acender 7 velas amarelas juntas no centro do círculo das quartinhas; acender 7 ver­melhas do lado de fora do círculo de quar­tinhas, uma para cada uma.

Na seqüência, fazer essa oração po­derosa ajoelhado diante do círculo de quartinhas: "Minha amada e miseri­cordiosa Mãe Oxum, clamo-lhe nesse momento em que sofro um ato de in­justiça, que a Senhora ative o seu Sa­grado Mistério das Sete Quartinhas e, em nome do Divino Criador Olorum, de Oxalá, da Lei Maior e da Justiça Di­­vina, que essa injustiça seja cor­tada, anulada e retardada, e que, quem a fez contra mim seja rigoro­sa­mente punido por Olorum, por Oxalá pela Lei Maior e pela Justiça Divina, as­sim como pelo Orixá, pelo Exu Guardião, e pela Pombagira Guardiã dela, que assim, punida rigorosa­men­te, nunca mais use do seu conheci­mento para prejudicar-me e a ninguém mais.

Peço-lhe também, que tudo o que essa pessoa fez e desejou contra mim, contra minhas forças espirituais e con­tra meu Orixá, que na Lei do Retorno seja voltado integralmente contra ela, punindo-a rigorosamente por ter me faltado com o respeito e com a fraternidade humana que deve reinar em nossa vida.

Peço-lhe também que essa pessoa seja punida com a retirada dos seus poderes e conhecimentos pessoais, assim como, que dela sejam afastados todos os seus filhos espirituais e seus amigos, para que não venham a ser vítimas da perfídia, da traição e do ódio dela por quem a desagrada.

Peço-lhe também que os Orixás e os Guias Espirituais de todos os filhos espirituais dessa pessoa maligna sejam alertados da perfídia dela e tomem as devidas providências para protege­rem-se, e aos seus filhos, da traição e da falsidade dessa pessoa indigna perante os Sagrados Orixás, o Divino Criador, Olorum, a Lei Maior e a Justiça Divina, e todos os umbandistas.

Que a Lei Maior e a Justiça Divina comecem a atuar e só cessem suas atua­ções quando ela pedir-lhes per­dão pela injustiça cometida. Ou, caso ela não o faça, então atuem pondo-a para fora da Umbanda para que nunca mais manche-a com sua per­fídia, traição e falsidade.

Peço-lhe e peço a todos os po­deres invocados aqui, que me prote­jam de todos os atos negativos que essa pessoa traiçoeira e perfídia venha a intentar contra mim, minhas forças, meu Orixá, minha vida e família, assim como vos peço que cada ato dela feito contra mim de agora em diante seja virado e seja revertido contra ela, punindo-a ainda mais.

  Amém"!

Essa oração é tão poderosa, que imediatamente a pessoa que cometeu o ato indigno de atingir um filho espi­ritual, as suas forças espirituais e ao seu Orixá, começa a ser punida de tal forma, que em pouco tempo, ou ela desfaz o mal feito e pede perdão ao atraiçoado ou sua vida terá uma revi­ravolta tão grande que acabará afun­dando em sua maldade.

É a justa punição para quem ousa atingir o orixá alheio.

Essa magia e essa oração forte não deve ser usada para futricas e intrigas pessoais pois nossa amada Mãe Oxum não está à nossa dispo­sição para essas coisas e sim, ela nos concede a ativação do seu Sagrado Mistério das Sete Quartinhas para que atos indignos cometidos contra nossos Guias e Orixás sejam punidos rigoro­samente.

Bem, após essa magia para a defesa de vítimas de trabalhos para atin­gí-las a partir do seu Otá, conti­nue­­mos com os comentários sobre a "pedra fundamental" dos médiuns umbandistas.

Saibam que um Otá (ou pedra de força) também pode ser encontrado e recolhido em outros lugares além do leito dos rios. Pedras são encontradas na terra, no sopé das montanhas, em pedreiras, etc.

• Se a sua pedra de forças (aque­la que o atraiu) for encontrada dentro de uma mata ou bosque, aí você deve pedir licença ao Orixá Oxóssi para recolhê-la e consagrá-la ao seu Orixá.

• Se ela foi encontrada na terra, em algum campo aberto, peça licença ao Orixá da terra, Omulú.

• Se ela for encontrada no sopé de uma montanha, ou mesmo nela, peça licença ao Orixá Xangô.

• Se ela for encontrada em uma pedreira, peça licença ao Orixá Yansã.

• Se ela for encontrada nas mar­gens de um lago ou do estuário de um rio, peça licença ao Orixá Nanã Bu­ruquê.

• Se ela for encontrada nas margens ou no fundo de uma lagoa, peça licença ao Orixá Obá.

• Se ela for encontrada a beira mar ou mesmo dentro das suas águas, peça licença ao Orixá Iemanjá.

• Se for "encontrada" no comércio de pedras, aí é problema seu, certo?

  Afinal, um Otá genuíno não é uma pedra semi-preciosa e sim, é um eixo rolado ou um pequeno geodo ain­da na natureza e que não passou de mão em mão.

  Quando a "pedra ideal" é encon­trada, como que por acaso, e o médium não estava ali com a finalidade de encontrar seu Otá, mas deseja reco­lhê-la e levá-la para sua casa porque "sente" que ela tem algum poder ou finalidade mágica, este deve ajoelhar-se perto dela e, dependendo do cam­po vibratório em que ela se encontra, ali deve fazer uma oração ao Orixá regente dele e pedir-lhe permissão para recolhê-la e levá-la para sua casa pois já se esta­beleceu uma afinidade entre ambos.

 Se você ainda não souber que tipo de afinidade se criou, recolha-a, e leve-a embora. Guarde-a e aguar­de, porque pode ser que mais adiante um guia espiritual manifeste-se e lhe dê orientações sobre ela e como tratá-la dali em diante.

Agora, se em todo o lugar da natu­reza que você for, encontrar uma ou mais pedras que o atraiam inten­sa­mente, aí já se trata de uma coisa pes­soal e o melhor a fazer é tornar-se um colecionador de pedras ornamen­tais ou raras.

 

 

obs. Texto inédito do Escritor Rubens Saraceni publicado no mês de fevereiro pelo Jornal de Umbanda Sagrada.

Pertencente ao livro "Oferendas e Assentamentos na Umbanda"  ainda não publicado.


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Cida Medeiros
Psicoterapeuta Holistica com enfoque Transpessoal, formada pela Dinâmica Energética do Psiquismo (DEP), Regressão de Memória, Terapeuta Floral, Reiki, Magnifield Healing, Treinamento nas Técnicas de Cura de Barbara Brennan (Mãos de Luz), Renascimentos, Espiritualista com varias iniciaçoes no Xamanismo, Magia e nas tradiçoes Afro-Brasileiras. Facilitadora de Xamanismo Havaino na Paz Géia.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Oração Mãe para o Filho

Essa oração deve ser feita desde o momento de nascimento, falando ao ouvido da criança ao anoitecer ou ao adomercer. Essa oração é uma fonte de proteção e de amor a criança. Deve ser feito diariamente, no ouvido da criança de maneira terna, carinhosa e sensível.


"Meu querido filho, sinto-me abençoado por você ter me escolhido para guardar e alimentar seu espírito sagrado enquanto começa sua nova vida na terra. Eu lhe prometo o melhor esforço da minha alma para mantê-lo seguro, saudável, feliz e ligado ao Deus que o criou e que vive dentro de você.
Que você possa manter toda a alegria e a sabedoria que suas vidas passadas lhe deram, e que toda a dor, medo, doença e negatividade dessas vidas passadas sejam liberados e dissolvidos para sempre na luz branca do Espirito Santo."

Por Cida Medeiros

domingo, 11 de março de 2007

Shiva

Hinduísmo: Divindade: Shiva

É o deus dos iogues e da meditação. Paradoxal, contém em si o poder da criação e da destruição, o que o torna ao mesmo tempo atraente e terrível. Destrói o que foi criado e preservado, para que Brahma possa então criá-lo novamente. Originalmente o deus da montanha, Shiva, que significa auspicioso, é o deus da destruição. Mas, num mundo de infindáveis renascimentos, a destruição precede a criação. Pode ser venerado como um língan (símbolo fálico), como um asceta, um professor, ou como um dançarino na grande dança da destruição.

Shiva, por contraste a Vishnu, não possui avatares, mas ele tem uma família de esposas e crianças. Shiva era originalmente conhecido como o destruidor, mas desde que ele incorporou adjetivos de criador (ele destrói as coisas para renová-las), e sustentador.

De fato, a figura de Shiva dançando, sustentando o mundo é uma figura hindu comum. Os seguidores de Shiva são conhecidos como Shaivites. As lendas que exploram isto são mencionadas no Ramayama, mas parecem ser muito mais completas nos Puranas. A figuração principal de Shiva é uma sadhu de meditação, mas ao lado das atenção de Parvati, uma de suas esposas, ele também possui um lado familiar.

O principal símbolo de Shiva é um lingam, um objeto fálico. Este símbolo é colocado como a imagem central de um templo Shaivite e freqüentemente é feito de material valioso, como prata. Possui usualmente dois ou três pés de altura, e constitui foco de veneração por seus seguidores.

As esposas de Shiva são os símbolos da força feminina, chamada Shakti. Elas são freqüentemente veneradas no Shaivismo, mas podem ser elas mesmas veneradas em uma forma de hinduísmo denominada Shaktiismo. Apesar de haver várias figuras femininas associadas com Shiva, quatro se sobressaem: Parvati, Umma, Durga e Kali.

Parvati é a deusa do amor e do romance. Ela é jovem, bonita e cheia de vida. Assim, ela representa a união com Shiva, uma representação da sublimação da distinção sexual. Também, elas são freqüentemente descritas no ato do intercurso, a combinação da energia masculina e feminina no universo. Parvati é também a mãe de Ganesha. Apesar de Shiva inicialmente tentar matar Ganesha. Apesar de Shiva inicialmente tentar matar Ganesha, ele o adotou e formam uma das figuras de família preferidas no hinduísmo.

Umma é a esposa que representa a maternidade. Ela parece uma rainha com o carinho, nutrição e as características da maternidade.

Durga representa o atributo da justiça. Ela monta um tigre e carrega as armas da batalha. Neste ponto, ela não teme matar para reestabelecer a justiça.

Kali está selvagem, terrível e impreterivelmente associada com a morte. Ela é normalmente mostrada nua, vestindo um cachecol de cabeças humanas e uma camisa de braços humanos. A morte está ligada a suas atividades. De fato ela é algumas vezes dançando em cima da forma de Shiva, simbolizando a amplitude do selvagem e sua força imensurável. A cidade de Calcutá (Kali Ghat) teve este nome inspirado nela.

Shiva também possui dois filhos. O primeiro, Ganesha, tem a cabeça de um elefante e é o deus da superação de obstáculos, que se ligam a ele para a boa sorte e prosperidade. O segundo, Skanda, torna-se a divindade guerreira e o deus da guerra.

Para conhecer melhor a trajetória de Shiva e suas esposas, leia a história de Parvati.

Shiva Gayatri Mantra

MAHESAYA VIDMAHE
MAHADEVAYA DHIMAHI
TANNAHA SIVAHA PRACODAYATA

sexta-feira, 9 de março de 2007

Parvati

Hinduísmo: Divindade: Parvati

Parvati é uma divindade largamente idolatrada pelos hindus. É conhecida como cônjuge de Shiva e mãe de Ganesha. Por este motivo, aqui explicamos seu aparecimento e sua interação com eles.

Parvati é uma das formas da deusa Shakti, especialmente criada para seduzir Shiva.

Veja abaixo a história detalhada da criação de Parvati, desde o momento em que Shiva perdeu seu primeiro amor:

Profundamente triste com a morte do primeiro amor de Shiva (Sati), ele se isolou em uma caverna escura no Himalaia.

Enquanto isso, os demônios liderados por Taraka, vieram e expulsaram os deuses para fora do paraíso. Os deuses precisavam de um guerreiro que pudesse ajudá-los a restaurar a ordem celestial.

"Apenas Shiva pode lutar como um guerreiro" disse Brahma.

Mas Shiva, imerso na meditação, estava alheio aos problemas dos deuses. Sua meditação produziu grande força e energia. Sua mente estava cheia de bons conhecimentos e seu corpo tornou-se resplandecente de energia. Mas todo seu conhecimento e energia, dentro de seu ser, não podia ser usado para ninguém.

Os deuses invocaram à deusa mãe, Shakti, para que encontrasse uma forma de contornar a situação.

"Eu vou me enroscar ao redor de Shiva, e absorver seu conhecimento e energia para o bem do mundo e farei dele o pai de uma criança." disse Shakti.

Shakti então encarnou como Parvati, determinada a retirar Shiva de dentro de sua caverna e fazer dele seu cônjuge.

Todos os dias Parvati visitou a caverna de Shiva, limpou o chão, decorou-a com flores e ofereceu a ele frutas, esperando ganhar dele o amor.

Mas Shiva nunca abriu seus olhos. Exausta, a deusa invocou Priti e Rati, deusas do amor e da longevidade.

Essas deusas entraram na caverna de Shiva e a transformaram em um belo jardim cheio da fragrância de flores e com o som de abelhas.

Guiada por Priti e Rati, Kama, o deus do desejo, assoprou e atirou flexas de desejo no coração de Shiva.

Shiva ficou furoso. Ele abriu seu terceiro olho e liberou chamas de fúria que engoliram Kama e reduziram seu belo corpo a cinzas.

A morte de Kama alarmou os deuses. "Sem a deusa do desejo, o homem não poderá abraçar a mulher e a vida cessará."

"Eu devo encontrar outra forma de atingir o coração de Shiva. Quando Shiva se tornar meu cônjuge, Kama renascerá." disse Parvati.

Parvati entrou na floresta e executou rigorosos tapas, não se vestindo para proteger seu corpo do clima rigoroso, não comendo nada, nem mesmo uma folha. Ao executar esses rigorosos procedimentos, Parvati ganhou a admiração das entidades da floresta, que a nomearam Aparna.

Aparna tocou Shiva em sua capacidade de se excluir do mundo e dominar seus desejos físicos. A força de seus tapas acordaram Shiva de sua meditação. Ele caminhou para fora da caverna e aceitou Parvati como sua esposa.

Shiva casou-se com Parvati na presença dos deuses, seguindo os rituais sagrados. Depois, levou-a para o local mais alto do cosmos, o monte Kailasa, o pivô do universo. Eles então se tornaram um e Kama pôde renascer.

Parvati amoleceu o coração empedrado de Shiva com seu afeto. Juntos eles descobriram as alegrias da vida de casados. A deusa acordou Shiva para o mundo, despertando nele vários desejos. Em troca, ele revelou a ela os segredos dos Tantras e dos Vedas, que ele havia adquirido durante a meditação.

Inspirado na beleza de Parvati, Shiva tornou-se o fomentador das artes, da dança e do teatro.

Conforme o combinado com os deuses, Parvati deu a aura de Shiva para eles e disse: "Daqui vocês vão poder retirar o deus da guerra que vocês procuram."

Os deuses deram a aura de Shiva para Svaha, cônjuge de Agni, a deusa do fogo. Incapaz de conservar a força da aura por muito tempo, Svaha deu a aura para Ganga, a deusa do rio, que refrigerou-a em suas águas congelantes, até que a aura de Shiva se transformasse em uma semente.

Aranyani, a deusa da floresta, embebeu a semente divina no solo fértil da floresta, que cresceu e se transformou em uma criança robusta com seis cabeças e doze braços.

As seis ninfas da floresta, chamadas Krittikas, encontraram esta bela criança em uma lotus. Tomadas de afeição materna, começaram a cuidar da criança. O filho de seis cabeças de Shiva, nascido de várias mães, tornou-se conhecido como Kartikeya.

Parvati ensinou a Kartikeya a arte da guerra e transformou-o em um guerreiro celestial chamado Skanda. Skanda comandou os soldados celestiais, derrotou Taraka na batalha e restaurou o paraíso aos deuses.

Skanda, guardiã do paraíso, destruiu muitos demônios que se opuseram ao reinado dos deuses. Mas ele não conseguiu derrotar o demônio Raktabija. Jamais o sangue deste demônio tocou o chão, pois quando ele jorrava, tranformava-se em milhares de novos demônios. Ele parecia indestrutível.

Para ajudar seu filho em sua batalha para afugentar os três mundos do demônio, Parvati entrou no campo cósmico da batalha como a temida deusa Kali.

Kali sugou o sangue que jorrava do demônio com sua longa língua antes que o sangue pudesse se transformar em novos demônios. Raktabija, sem poder se reproduzir, foi perdendo sua força. Então Skanda foi capaz de derrotar Rajtabija e todas as duas replicações com facilidade.

Skanda agradeceu sua mãe por sua ajuda. Para celebrar sua vitória, Kali dançou muito no campo de batalha.

Intoxicada pelo sangue de Raktabija, Kali correu pelos três mundos, destruindo tudo e todos os que estavam em seu caminho.

Para acalmá-la, Shiva tomou a forma de um cadáver e bloqueou seu caminho. Como deusa, cega pelo sangue, ver o corpo de seu cônjuge sem vida foi um choque que tirou-a do êxtase. Ela caiu em si e quis saber se havia matado seu próprio marido. Ela pôs um pé em Shiva e o trouxe de volta à vida.

Shiva então tomou a forma de uma pequena criança e começou a chorar, trazendo o amor maternal para o coração de Kali. Isso forçou-a a mudar para sua próxima forma: Gauri, a mãe radiante, provedora da vida.

Gauri disse a Shiva que desejava ter uma criança. Mas Shiva não estava interessado em uma família. Ele se afastou dela e foi à floresta fazer tapas.

Determinada a ser uma mãe, Parvati decidiu criar um filho dela própria sem a ajuda de seu marido. Ela cobriu sua face com pasta de sândalo, retirou a pele morta, misturou-a e moldou-a em uma bela boneca, para a qual ela assoprou a vida.

Então ela ordenou ao seu filho recém criado, cujo nome é Ganesha, que vigiasse sua caverna e dela afastasse todos os estranhos.

Quando Shiva retornou para Kailas, Ganesha não o reconheceu e o impediu de entrar na caverna.

Irritado pela insolência da criança, Shiva pegou seu tridente e cortou sua cabeça.

Quanto Parvati viu o corpo de seu filho sem cabeça, ela chorou copiosamente. Para acalmar Parvati, Shiva ressucitou a criança, colocando uma cabeça de elefante no pescoço cortado. Shiva também aceitou Ganesha como o primeiro de seus filhos.

Ganesha, que impediu Shiva de atravessar a porta de da caverna de sua mãe, tornou-se adorado como o removedor de obstáculos, o senhor dos inícios e o senhor do aprendizado.

Com Parvati de seu lado, Shiva tornou-se um homem de família. Mas ele não abandonou sua forma de heremita: ele continou a meditar e imergir em sonhos. Sua falta de cuidado, sua recusa de responsabilidades algumas vezes irritou Parvati. Mas então ela voltava a si, conformava-se com os caminhos não convencionais de seu marido e restaurava a paz. A conseqüente paz matrimonial entre Parvati e Shiva assegurou a harmonia entre matéria e espírito e trouxe estabilidade e paz para o cosmos.

Parvati também se tornou Ambika, deusa da segurança de casa, do matrimônio, da maternidade e da família.

terça-feira, 6 de março de 2007

Vishnu

Hinduísmo: Divindade: Vishnu

Normalmente representado como um lindo jovem montado em uma enorme águia, é um deus suave e companheiro. Sua função é salvar e redimir o mundo, utilizando sua força de preservação e sustentação. Originalmente relacionado com o sol, Vishnu é o preservador do universo e a encarnação do amor, verdade, ordem e compaixão. Para seus adoradores, ele é o ser supremo, do qual tudo emana. Cavalga sobre Garuda, o pássaro fabuloso, ou descansa sobre Ananta, a serpente cósmica. A fim de restaurar o equilíbrio cósmico, Vishnu encarnou na terra em nove avatares, ou encarnações, algumas humanas, outras animais. A décima encarnação ainda está por vir.

Vishnu é considerado como o aspecto maior de deus no hinduísmo e na mitologia indiana. Ele é tido como o preservador do universo, enquanto os dois outros aspectos de deuses, Brahma e Shiva, são considerados os criadores e destruidores do universo, respectivamente. Os seguidores de Vishnu são chamados Vaishnavites.

Como preservador do cosmos, Vishnu mantém as leis do universo. Ao contrário de Shiva, que freqüentemente busca refúgio na floresta para meditar, Vishnu constantemente participa de conquistas amorosas.

Quanto a ordem prevalece no universo, Vishnu dorme nas colinas de Sesha, ordenados dos Nagas. Assim como Sesha flutua através do oceano cósmico dando sustentação à Vishnu, o universo surge do sonho de Vishnu. Mas quando há desequilíbrio no universo, Vishnu se utiliza de seu veículo, Garuda, e guerreia com as forças do caos, ou ele envia um de seus avatares (ou encarnações) para salvar o mundo.

Acredita-se que Vishnu teria dez avatares, sendo os mais populares Rama e Krishna. A lista completa dos dez avatares é a seguinte:

1. O peixe Matsya
2. A tartaruga Kurma
3. O urso Varaha
4. O homem-leão Narasimha
5. O anão Vamana
6. O padre guerreiro Parashurama
7. O príncipe Rama
8. O pastor de animais Krishna
9. Buddha-Mayamoha
10. O cavaleiro Kalki

Vishnu usa ao mesmo tempo a força e a sabedoria para assegurar a estabilidade do universo. Seu consolo é Lashmi, deusa da força e poder, oferece a ele as condições para manter a integridade do universo.

Hoje, Vishnu é uma das mais reverenciadas divindades, mas nem sempre ele foi tão popular. Nos mais antigos escritos hindus, os Vedas, ele não era mencionado freqüentemente, e é associado ao deus Védico maior, Indra. Nos épicos seguintes, como o Ramayama e o Mahabharata, ele é glorificado através dos avatares Rama e Krishna.

Vishnu Gayatri Mantra

OM NARAYANA VIDAMAHE
VASUDEVAYA DHI MAHI
TANNO VISHNU PRACODAYATA

segunda-feira, 5 de março de 2007

Radha

Hinduísmo: Divindade: Radha e Krishna

Radha foi amiga de infância e cônjuge de alma de Krishna e os dois foram inseparáveis como namorados e mais tarde, como amantes. Esse foi um amor escondido da sociedade, e deu a Radha o status de uma mulher casada. Eles tiveram seus momentos de amor, paixão e ódio - como qualquer casal de amantes. Krishna teve que deixar Vrindavan com Radha, para assegurar que os ideais de verdade e justiça fossem estabelecidos, mas no processo tiveram que deixar o ideal do amor pessoal. Ele tornou-se um rei, destruiu inúmeros inimigos e casou mesmo várias vezes. E ainda assim Radha permaneceu esperando por ele até ele voltar para ela. Seu amor por Krishna é considerado tão divino e puro que Radha por si só obteve o status de divindade, com seu nome sendo inseparavelmente ligado ao de Krishna. A maior parte das imagens de Krishna são consideradas completas quando Radha aparece ao seu lado.

A palavra Radha significa "a maior adoradora de Krishna". Nenhuma outra gopi em Vrindavana tem nome tão significativo quanto Radha. É claro, todas as gopis de Braja amam e dão prazer a Krishna. De qualquer forma, comparada com o oceano de amor de Radha por Krishna, as outras gopis são meros rios, piscinas e baldes. Assim como o oceano é a fonte original de toda a água encontrada nos lagos e rios, similarmente o amor encontrado nas gopis, e todos os outros devotos têm em sua origem Radha sozinha. Desde que o amor de Radha é o maior, ela dá o maior prazer para Krishna. Em Vrindavana, as pessoas são acostumadas a cantar o nome de Radha mais do que o nome de Krishna.

Radha é a alma; Krishna é o Deus. Krishna é o shaktiman - possessor da energia - e Radha é Sua shakti - energia. Ela é a a parte feminina da cabeça do Deus. Ela é a personificação da maior amor por Deus, e por sua mercê, a alma está conectada com o serviço e amor a Krishna.

domingo, 4 de março de 2007

Akashicos

Hinduísmo: Registros Akashicos, Karma e Reencarnação

Para cada ação, uma reação.

O que há por trás do princípio hinduísta do Karma.
por Paula C.

Quando se fala em ação e reação, está-se fazendo referência direta a um dos mais famosos princípios da religião hinduísta: o princípio do karma. O que ele, em verdade, significa?

Somos energia. Nosso mundo é energia. O universo inteiro é energia. Nós e tudo o que nos envolve formamos unidade. Reagimos com o todo e o todo conosco. Essa relação energética entre os elementos da unidade efetivamente ocorre, e além de ocorrer, fica registrada para a posteridade.

A ação de tudo o que fazemos e o que pensamos reflete-se no universo. Uma ação que nos desequilibre, que interfira em nossa energia, vai se refletir no universo. O universo vibra de acordo com as ações dos seres viventes dele, contrabalanceando suas ações, sendo a reação das ações.

Exemplo: caso sintamos ódio de algo ou de alguém, e esse ódio nos faça vibrar mais, ficar mais desequilibrados, esse ódio nos afastará de Krishna. O universo registra essa vibração e age de forma a anulá-lo. Ele pode enviar sinais para os outros seres viventes / não viventes contrabalancearem isso. Receberemos então uma reação pela nossa ação.

E não pára por aí. Além de receber de volta uma reação, nosso karma aumenta (registro de ações que afastam de Krishna). Esse karma fica registrado nos registros akashicos do universo. Para anular esse karma, é necessário que façamos ações que vibrem no sentido contrário, que anulem a ação geradora de karma.

O karma pode ser anulado durante uma existência, ou serem necessárias várias existências para que ele deixe de existir. E durante o ciclo de existências, o karma pode mesmo aumentar. Nesse caso, o ser entra em um círculo sem fim de encarnações, cada encarnação tentando anular o karma da encarnação anterior sem sucesso.

Como deixar de ter Karma

A ação que resulta em diminuição do karma chama-se dharma. O dharma nos aproxima de Krishna. Fazendo uma ação que nos faça vibrar menos, e por conseqüência nos equilibre mais, nos deixará mais próximo de Krishna e mais longe do ciclo de encarnações.

O objetivo de quem almeja chegar a Krishna é parar de reencarnar e se unir a Ele. Para isso, não há outra forma senão ter um karma anulado.

Um karma anulado implica em, além de não possuir acumuladas ações que afastem de Krishna, também implica em não vibrar, ou seja, em não produzir interação emocional com o mundo material. Um ser apto a voltar para Krishna não se ilude pelo véu do mundo material, pelos seus anseios, ganhos e perdas. Os sentidos mundanos já não norteiam sua vida.

O véu do mundo material

O aquilo o que vemos, sentimos, ouvimos, cheiramos e degustamos é material, é energia interpretada pelos nossos limitados sentidos. Um ser inebriado pelo mundo material não consegue enxergar adiante. Ele se afoga nos prazeres e desprazeres materiais. Aquele que busca a verdade suprema, que busca dentro de si o equilíbrio e se aproxima dele é que consegue chegar a Krishna.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Krishna

Hinduísmo: Divindade: Krishna

Krishna é um dos avatares mais comuns do deus Vishnu, ou seja, uma de suas encarnações mais comuns.

O olho em forma de lótus, de coloração escura de Krishna é o homem completo e perfeito da mitologia indiana tradicional. Isso faz Krishna o maior Deus não ariano no panteão Hindu. Ele foi a oitava encarnação de Vishnu, o Preservador do Universo. Ele incorporou a forma humana para redimir as ações das forças do mal. Krishna tinha um apelo físico irresistível.

Viasa, no poema épico Bhagavad Gita, narra os diálogos entre Krishna e o guerreiro Arjuna, onde a justa conduta do ser humano é ensinada. Dentre os doze avatares (encarnações de Vishnu), Krishna tornou-se o mais conhecido e cultuado. Personifica o amor divino e suas aventuras são descritas no Bhagavat Purana.

Há três principais estágios na vida de Krishna:

No primeiro, Krishna nasceu em uma prisão em Mathura, onde seus parentes foram capturados por um demônio que tomou o lugar de um rei chamado Ugrasena. Sobre essa captura: Um dia, Ugrasena e sua esposa estavam caminhando nos jardins, onde um demônio viu a rainha e sentiu amor por ela. Em sua luta por ela, ele distraiu a atenção de Ugrasena, e assumiu sua forma e concretizou seu desejo. A criança nascida desta união foi Kamsa. Kamsa cresceu para destronar seu pai e prender sua irmã Devaki (filha de Ugrasena) e seu marido Vasudeva. Devaki mais tarde se tornou a mãe de Krishna.

Então um dia Kamsa estava levando sua irmã recém casada e seu marido Vasudeva para sua nova casa, quando uma voz vinda dos céus os interceptou. A voz disse para Kamsa que a oitava criança de Devaki iria matá-lo. Conseqüentemente, ele aprisionou o casal e começou a matar suas crianças, ano após ano. Sete crianças foram perdidas mas a oitava - o Deus - escapou das mãos do carniceiro e viveu para cumprir sua missão contra Kamsa mais tarde. Krishna nasceu à meia-noite do oitavo dia do equinócio do Bhadrapada (Agosto/Setembro) e foi trazido para Vrindavan por Vasudeva (pai de Krishna) na mesma noite, para salvá-lo de Kamsa.

Seu pai trabalhou para possibilitar ao bebê Krishna escapar para uma vila próxima e trocá-lo com outra criança. Ele foi criado pela família de pastores de vacas de Yashoda e Nanda Raja. Krishna cresceu como um garoto pastor de vacas.

No segundo, já como jovem, Krishna conquistou todas as garotas da vila com sua boa aparência, charme e atenção. Apesar de Radha ser sua favorita, ele flertou com as outras gopis também. Ocasionalmente ele se divide em vários, assim ele pode dar atenção a várias garotas de uma só vez. Estas estórias, que são boas lendas no nível superficial, também são interpretadas no nível de espírito.

Brajbhoomi, onde Krishna nasceu, compreende as cidades gêmeas de Mathura e Vrindavan. Esta não é apenas uma terra sagrada onde Krishna nasceu e demonstrou seu leela cósmico, mas um lugar cheio de reminiscências divinas. Foi aqui que ele encontrou pela última vez Radha, sua companheira inseparável. Vrindavan, há 15km de Mathura, foi o local favorito do casal divino.

No terceiro, como adulto, Krishna passou seu reinado no nordeste da Índia pela morte do rei Kamsa, evento este que é visto como a restauração do dharma. Na história do Mahabharata, ele então ajuda Arjuna, servindo como seu condutor de carroça e seus irmãos (os irmãos Pandava) em uma guerra para restaurar seu direito de reinar.

Em uma noite antes da batalha maior, Krishna e Arjuna tiveram uma longa discussão a respeito da natureza do dharma e do cosmos, que é preservado no Mahabharata como o Bhagavad Gita. No final da discussão, Krishna se revelou para Arjuna como Vishnu. As explicações de Krishna são contadas nos templos Vishnu e no festival anual de Ras Lila.