quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Kuan Yin


Kuan Yin
(link da dança ao final)
 
 

Kuan Yin ou Guanyin é o bodisativa associado com a compaixão tal como é venerada pelos budistas da Ásia Ocidental, geralmente na forma feminina. O nome Guanyin é uma abreviação de Guanshiyin que significa "Observar os Sons (ou Gritos) do Mundo". Ela é "Aquela que considera, vigia e ouve as lamentações do mundo".

Comumente conhecida nos idiomas ocidentais como a Deusa da Misericórdia, Guanyin também é cultuada pelos taoístas chineses como um dos Oito Imortais. Na mitologia taoísta, no entanto, possui histórias relacionadas à sua origem que não são relacionadas diretamente a Avalokiteśvara.

 

Há várias lendas associadas à sua figura, todas mostrando-a preocupada com o sofrimento humano. Foi uma pessoa como todos nós e somente depois de sua morte foi transformada em deusa. Uma das histórias conta que estava para entrar no céu, porém parou no limiar ao ouvir os gritos do mundo. Agora vive na ilha parasidíaca de P'u T'o Shan, de onde ouve todas as preces.

É daí que lhe vêm todos os braços. Apesar de seu enorme esforço, era gente demais infeliz para atender. Tentando compreender as necessidades de tantos, sua cabeça se rachou em pedaços. O Buda Amithaba salvou-a, dando-lhe oito cabeças para que a todos pudesse ouvir com clareza. Ouvindo e entendendo os sofredores, ela tentou alcançar todos os que dela necessitavam, e sentiu que seus braços se rachavam. Mais uma vez Amithaba salvou-a, e lhe deu mil braços para acudir a todos. Ela muitas vezes é representada olhando para baixo, para mostrar que se importa com este mundo.

 

Kuan Yin está associada às características femininas da maternidade e proteção, na China ligadas milenarmente de modo bastante forte à misericórdia.

As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas. Esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Através de um movimento - dança ou ritmo cardíaco - que agitasse este sangue, surgiriam os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais.

Muitas tradições referiram o princípio dob coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso", organizou, separou e definiu os elementos que compõem e produzem o cosmos. A esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieroglifos, chamaram este coração de ab. Os hebreus foram os primeiros a chamá-lo de pai, ainda que mantivessem o matriarcado como a linha fundamental da família e da continuidade da vida.

O coração e o sangue definem portanto um elo imanente a todos os seres que dele nasceram. Vem daí a ideia de um coração oculto do universo, que pulsa e mantém o ritmo de ciclos das estações, dos nascimentos, mortes, destinos. Este é o significado que está no Livro dos Mortos ou das Mutações. No mesmo sentido o livro chinês é denominado Livro das Mutações.

 

O coreógrafo Zhang Jigang é um dos criadores e realizadores artísticos mais renomados da China. Foi o diretor geral da coreografia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Beijing de 2008. Ele uniu dança e a imagem da deusa para criar uma apresentação que permitisse ao público contemplar a "Kuan Yin de Mil Braços". Ao se recordar do processo de criação, Zhang Jigang disse que nada foi fácil e que, por várias vezes, quase abandonou o projeto. Ele nunca se sentiu tão pressionado como dessa vez, e não pelas pressões externas - a pressão veio de seu próprio coração, porque queria ser bem sucedido.

O canal de televisão "China Central" apresentou este espetáculo ao vivo como comemoração do Ano Novo Chinês.

A dança foi apresentada por 21 dançarinas surdas-mudas integrantes da "Companhia de Arte Performática Chinesa de Deficientes Deficientes Físicos. Baseando-se apenas nos sinais dos formadores que se encontram nas quatro esquinas do cenário, estas extraordinárias bailarinas oferecem um grande espetáculo visual. Posicionadas numa longa fila, conseguem dar aos espectadores a ilusão de que os movimentos de seus múltiplos braços e pernas pertencem à figura de uma única deusa. A sua primeira bailarina, Tai Lihua, tem 29 anos de idade e possui um BA pelo Instituto de Belas Artes de Hubei.O espetáculo encantou tanto a crítica quanto o público, e já foi reapresentado inúmeras vezes.

 

A divindade Kuan Yin já foi masculina, pode ter os dois sexos ou nenhum.

Mas acho que os mil braços combinam muito melhor com as idéias de feminilidade e maternidade.

  

 

São 10:11, mas a dança mesmo começa nos 6:00.

Existem links mais curtos...

Mas achei interessante ver o começo, mostra o trabalho do grupo.

 

https://www.youtube.com/watch?v=Ov_iJQGq6DI


Fonte: Postagem no Grupo Oneness
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