sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Hinduísmo.doc


http://www.amorcosmico.com.br/hinduismo/

 

 

Esta não é a religião de minha família, mas é a religião com a qual me identifiquei. Eu já tinha comigo conceitos hindus antes mesmo de conhecê-la. É uma filosofia religiosa extremamente aberta e abrangente. Tão abrangente que chega a englobar outras religiões.

Dentre todas as religiões orientais, o hinduísmo, que compreende grande variedade de elementos heterogéneos, é a de mais difícil apreensão pela mentalidade ocidental. Sua expressão ultrapassa os limites da religião e percorre toda a estrutura social, dos actos comuns da vida diária até a literatura e a arte.

 

Hinduísmo é um termo genérico usado para designar a religião dos hindus, uma das mais antigas do mundo. Baseado nos "princípios eternos" (vaidika dharma) da doutrina dos Vedas (sabedoria divina), é também chamado saratana dharma (religião eterna). O hinduísmo estabeleceu as bases para muitas outras correntes religiosas e filosóficas e passou por várias etapas, desde o hinduísmo védico, bramânico e filosófico, até certos movimentos sectários e reformadores, entre os quais se incluem o budismo e o jainismo, surgidos no século VI a.C.

Em sua forma actual, o hinduísmo pode ser visto como terceira fase do bramanismo. Sem um corpo de doutrinas, cultos ou instituições comuns, abrange uma infinidade de seitas e de variações, monoteístas ou politeístas. É disseminado na Índia, no Paquistão, em Sri Lanka e Myanmar, e há adeptos dessa religião na África do Sul, Bali, Trinidad e ilhas Fidji, sendo a maior religião pagã que actualmente existe (considerando como "pagãs" as religiões politeístas cujas origens se situam fora das tradições judaica/cristã/islâmica). Encontramos na antiga religião o culto de Shiva/Rudra como deus dos animais, da magia e da morte, que é apresentado com chifres e aspecto de shaman, e da sua consorte Shakti (que significa "poder") apresentada como tripla deusa - Donzela, Mãe, Morte - nos seus aspectos de Parvati / Durga / Kali.

Alcançar o moksa (salvação, libertação) é a suprema meta do hindu. A alma está presa ao corpo no mundo material. É preciso libertar-se do samsara (ciclo de nascimento e renascimento) a fim de fundir-se com Brahma (O Absoluto).

 

Sem fundador e sem credo específico, o Hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. Surgiu aproximadamente no ano 1500 AC, quando um complexo de crenças transmitidas oralmente pelos árias (povos que invadiram a Índia por volta de 2000 a 1500 a.C.) deu origem aos Vedas (a literatura sagrada hindu), que por sua vez originou um complexo de sampradaias (seitas). A adoração era centrada nas forças da natureza.

Foram os europeus que designaram a tradição religiosa da Índia de "hinduísmo", por volta do século XV. Os hindus, porém, referem-se à sua fé como sanatana dharma, que significa lei ou ensinamentos eternos. A filosofia hindu é tolerante com todas as formas de expressão religiosa, reconhecendo que todas conduzem à mesma "verdade", por mais contraditórias que sejam. Isso se dá devido ao seu carácter sincretista, que absorve prontamente os elementos de qualquer credo com o qual entra em contacto.

Para os hindus pouco importa a diversidade antagônica e a ausência de lógica em sua filosofia; sua preocupação não está voltada para a forma de pensar, e sim, para sua maneira de viver, já que a vida é um ciclo que se repete continuamente (reencarnação). Há aproximadamente 700 milhões de hindus no mundo, estando a maioria concentrada na Índia.

 





Conheça melhor o processo de formação da religião hindu, desde seus primórdios até os dias atuais, conhecendo suas origens e também sua linha do tempo.

 

 

Para compreender esta linha do tempo, tenha em mente que sua estrutura é descrescente. Caso queira ler os acontecimentos em sua ordem natural, por favor leia esta página de baixo para cima.

O hinduísmo no mundo moderno(1900 ->)

Mahatma Ghandi morre (1948)

A Índia torna-se independente da Inglaterra (1947)

Hinduísmo Medieval (800 até 1900)

A Grã-Bretanha conquista a Índia (1858)

A dinastia Mughal Dynasty na Índia (Moslem) (1526-1707)

Fundação Sikhism (~1500)

O sultão Delhi governa a Índia (Moslem) (1210-1526)

Os novos Puranas são compostos (800-1200)

Hinduísmo Clássico (500 AC até 800)

Os antigos Puranas são compostos (300-800 AC)

as Leis de Manu são compostas (100 AC)

Ramayana é composto (200-100 AC)

Ashoka, rei indiano que é a favor do budismo (272-236 AC)

Mahabharata & Bhagavad Gita são compostos (400-100 AC)

Alexandre, o Grande invade o noroeste da Índia (327 AC)

Morte de Buda (483 AC)

Interação do hinduísmo com o jainismo e o budismo (500-200 AC)

Começo da visão de mundo de "vida é ruim".

Religião dos Vedas (1500 AC até 500 AC)

Upanishads são compostos (700-300 AC)

Brahmanas são compostos(1000-500 AC)

Vedas são compostos(1200-900 AC)

Tribos arianas migram para o noroeste da Índia (1500-1200 AC)

O começo da visão de mundo de "a vida é boa" e do sistema de castas.

Civilização do Vale Hindu (2500 AC até1500 AC)

Dravidianos

Itens religiosos incluem templos com fontes imensas de água, estátuas da fertilidade e figuras fálicas.

 





O hinduísmo sempre teve uma habilidade de absorver novas influências e idéias através de sua estrutura dinâmica. Uma saga absorvida que resultou em 330 milhões de seres divinos do hinduísmo. Mas se alguém procura pelo deus mais importante, a resposta comum é: há três deuses principais, a trindade Brahma, Vishnu e Shiva. Entretanto, se determinarmos a importância de um deus pelo número de templos a ele dedicado, Brahma não possui quase nenhum e um grupo de deuses femininos aparece muito mais. Muitas das informações sobre estes deuses vêm dos épicos do Mahabharata e o Ramayana, assim como dos Puranas. Clique aqui para saber mais sobre as divindades hindus.



A Ideologia

Reencarnação e Carma

O Cosmos

O Dharma

As Castas

Divindades

OM - O Som Essencial

 

 

 

A ideologia


As muitas diferenças e divisões doutrinárias produziram enorme diversidade de cultos e de sistemas no hinduísmo. O paraíso hindu abriga 330 milhões de deuses, expressões de um brahman único que encerra em si mesmo o universo todo.

Acima de todas as expressões, está a superioridade de Deus, identificado com o antigo mito do primeiro homem, Parusa. O despedaçamento de seu corpo, que produziu o nascimento do universo, é a base da doutrina hinduísta de um Deus simultaneamente criador e destruidor da realidade. O deus universal está acima do panteão de deuses locais, que nem mesmo têm o título de Senhor (isvara).

Posteriormente, Brahma foi superado por Shiva e Vishnu, em torno dos quais os demais deuses foram agrupados. A coexistência de tantas formas e manifestações religiosas criou os mais extraordinários símbolos: deuses com mil olhos, como Indra, e Kali, que se popularizou principalmente por um de seus filhos, Ganesha, com vários braços e cabeça de elefante.

O destino do homem, entretanto, não depende de nenhum desses deuses, mas de seu próprio esforço. O homem pode condenar-se ou salvar-se dos sofrimentos, causados pela samsara, a roda da vida que gira sem cessar, produzindo nascimentos e renascimentos sucessivos. A alma de todas as criaturas (e não somente dos homens) está sujeita a um novo nascimento (punajarman). É a reencarnação sucessiva, sacralização da vida trágica de longos períodos de fome, guerras, doenças e cataclismos. A realidade social é predestinada e em geral desgraçada, mas o karma, a repetição da vida por meio de vários nascimentos, é a esperança de atingir uma casta mais elevada. A salvação consiste na liberação desse ciclo e na fusão final com Deus.

Na cosmologia hindu, Brahma está além de toda ação ou inação e acima do bem e do mal. A energia latente que existe dentro de Brahma, quando liberada na criação do universo, toma a forma de maya (ilusão), que assim é captada por nossos sentidos. Qualquer universo, como projeção de Brahma, tem a existência limitada a 4,32 bilhões de anos solares. No final desse ciclo, as chamas ou as águas destroem esse universo e maya retorna a Brahma, repetindo-se o processo indefinidamente.

 

 

 

Hinduísmo Clássico moldou-se a partir da unidade de duas diferentes e possivelmente opostas visões de mundo. Esta unificação é resultado de um longo confronto religioso e intelectual entre a religião védica e a visão de mundo do jainismo e do budismo. Da religião védica, ele pegou a perspectiva de visão de mundo "a vida é boa" e do jainismo e budismo, a visão de vida negativa "a vida é ruim". Ambas foram formadas no entendimento de cosmos desenvolvido fora dos Vedas. Para explicar como isto funciona, nós devemos começar com duas intrincadas descrições do cosmos, a partira das quais então nós nos focaremos no aspecto de "a vida é boa" e "a vida é má" para o problema humano.

 

 

hinduísmo faz alusão a uma grande quantidade de deuses e deusas. Porém, incorreríamos num grave equívoco concluindo que o hinduísmo é uma religião politeísta. Os hindus, na verdade, acreditam na existência de um só deus - o Brahman Supremo. Atestam, no entanto, que deus pode se manifestar de múltiplas formas, dependendo da tarefa divina que tem a realizar.

Como no cristianismo, o hinduísmo possui uma Divina Trindade, formada peka trimurti, que forma as principais divindades. É o eterno ciclo que cria, preserva e destrói.

Brahma

Vishnu (avatar Krishna)

Shiva



Brahma, o Criador - É a pura expressão da existência, beatitude e sabedoria. É a causa primeira da origem do Universo. Sem ele nada pode existir. Brahma não é cultuado da mesma maneira que os outros deuses, pois realizou sua tarefa e não voltará para aquilo que lhe pertence até a próxima criação do mundo. Em suas oito mãos segura os quatro Vedas, um cetro, uma colher, uma colher de contas, uma taça de água sagrada, símbolo da fertilidade e uma flor de lótus, símbolo da criação. As quatro cabeças de Brahma, o criador, simbolizam os quatro pontos cardeais, os quatro Vedas, ou textos religiosos, e as quatro castas do hinduísmo.

Na mitologia hindu, Brahma é o membro mestre da tríade de deuses, que inclui também Vishnu e Shiva. Na mitologia hindu mais recente, ele foi simbolizado como a suprema divindade eterna cuja essência vem do cosmos. Brahma é considerado o criador do universo.

Antes da existência do cosmos, Brahma era completamente solitário, introspectivo e contido. Chegou um momento em que ele se sentiu solitário e quis companhia. Ele então se dividiu e criou a deusa Shatarupa. Suas múltiplas formas cativaram Brahma, e ele desejou possuí-la. Mas isto não aconteceu.

Como todas as coisas materiais, Shatarupa transforaria-se em algo sempre que Brahma chegasse a ela. Ela se transformava em vaca, égua, cobra. Brahma então ia até ela transformando-se no macho correspondente: um búfalo, um cavalo, uma cobra. Assim todas as criaturas do cosmos, desde o menor inseto até o maior mamífero foram criados. Brahma possuía cinco cabeças, assim ele poderia ver Shatarupa sempre que quisesse.

Para restringir a gana de Brahma, Shiva cortou uma das cabeças de Brahma. Isto ajudou Brahma a ter mais senso, e ele pegou Saraswati, a deusa do conhecimento, como seu consolo. Com sua ajuda, ele conseguiu controlar sua mente. Para a criação do universo, Brahma tornou-se conhecido como o senhor dos progenitores. Mas ele não é perfeito porque ele é responsável pela distração da mente longe da alma e sua consequente fixação na carne.


Brahma Mantra

OM HRIM BRAHMAYA NAMAH

 

 

 


Shiva, por contraste a Vishnu, não possui avatares, mas ele tem uma família de esposas e crianças. Shiva era originalmente conhecido como o destruidor, mas desde que ele incorporou adjectivos de criador (ele destrói as coisas para renová-las), e sustentador.

De facto, a figura de Shiva dançando, sustentando o mundo é uma figura hindu comum. Os seguidores de Shiva são conhecidos como Shaivites. As lendas que exploram isto são mencionadas no Ramayama, mas parecem ser muito mais completas nos Puranas. A figuração principal de Shiva é uma sadhu de meditação, mas ao lado das atenção de Parvati, uma de suas esposas, ele também possui um lado familiar.

O principal símbolo de Shiva é um lingam, um objecto fálico. Este símbolo é colocado como a imagem central de um templo Shaivite e frequentemente é feito de material valioso, como prata. Possui usualmente dois ou três pés de altura, e constitui foco de veneração por seus seguidores.

As esposas de Shiva são os símbolos da força feminina, chamada sakti. Elas são frequentemente veneradas no Shaivismo, mas podem ser elas mesmas veneradas em uma forma de hinduísmo denominada Shaktiismo. Apesar de haver várias figuras femininas associadas com Shiva, quatro se sobressaem: Parvati, Umma, Durga e Kali.

Parvati é a deusa do amor e do romance. Ela é jovem, bonita e cheia de vida. Assim, ela representa a união com Shiva, uma representação da sublimação da distinção sexual. Também, elas são frequentemente descritas no acto do intercurso, a combinação da energia masculina e feminina no universo. Parvati é também a mãe de Ganesha. Apesar de Shiva inicialmente tentar matar Ganesha. Apesar de Shiva inicialmente tentar matar Ganesha, ele o adoptou e formam uma das figuras de família preferidas no hinduísmo.

Umma é a esposa que representa a maternidade. Ela parece uma rainha com o carinho, nutrição e as características da maternidade.

Durga representa o atributo da justiça. Ela monta um tigre e carrega as armas da batalha. Neste ponto, ela não teme matar para reestabelecer a justiça.

Kali está selvagem, terrível e impreterivelmente associada com a morte. Ela é normalmente mostrada nua, vestindo um cachecol de cabeças humanas e uma camisa de braços humanos. A morte está ligada a suas atividades. De fato ela é algumas vezes dançando em cima da forma de Shiva, simbolizando a amplitude do selvagem e sua força imensurável. A cidade de Calcutá (Kali Ghat) teve este nome inspirado nela.

Shiva também possui dois filhos. O primeiro, Ganesha, tem a cabeça de um elefante e é o deus da superação de obstáculos, que se ligam a ele para a boa sorte e prosperidade. O segundo, Skanda, torna-se a divindade guerreira e o deus da guerra.


Shiva Gayatri Mantra
MAHESAYA VIDMAHE
MAHADEVAYA DHIMAHI

TANNAHA SIVAHA PRACODAYATA

 

 

 

 

 

 

 



Vishnu é considerado como o deus maior no hinduísmo e na mitologia indiana. Ele é tido como o preservador do universo, enquanto os dois outros deuses maiores, Brahma e Shiva, são considerados os criadores e destruidores do universo, respectivamente. Os seguidores de Vishnu são chamados Vaishnavites.

Como preservador do cosmos, Vishnu mantém as leis do universo. Ao contrário de Shiva, que frequentemente busca refúgio na floresta para meditar, Vishnu constantemente participa de conquistas amorosas.

Quanto a ordem prevalece no universo, Vishnu dorme nas colinas de Sesha, ordenados dos Nagas. Assim como Sesha flutua através do oceano cósmico dando sustentação à Vishnu, o universo surge do sonho de Vishnu. Mas quando há desequilíbrio no universo, Vishnu se utiliza de seu veículo, Garuda, e guerreia com as forças do caos, ou ele envia um de seus avatares (ou encarnações) para salvar o mundo.

Acredita-se que Vishnu teria dez avatares, sendo os mais populares Rama e Krishna. A lista completa dos dez avatares é a seguinte:


1. O peixe Matsya
2. A tartaruga Kurma
3. O urso Varaha
4. O homem-leão Narasimha
5. O anão Vamana
6. O padre guerreiro Parashurama
7. O príncipe Rama
8. O pastor de animais Krishna
9. Buddha-Mayamoha
10. O cavaleiro Kalki



Vishnu usa ao mesmo tempo a força e a sabedoria para assegurar a estabilidade do universo. Seu consolo é Laxmi, deusa da força e poder, oferece a ele as condições para manter a integridade do universo.

Hoje, Vishnu é uma das mais reverenciadas divindades, mas nem sempre ele foi tão popular. Nos mais antigos escritos hindus, os Vedas, ele não era mencionado frequentemente, e é associado ao deus Védico maior, Indra. Nos épicos seguintes, como o Ramayama e o Mahabharata, ele é glorificado através dos avatares Rama e Krishna.


Vishnu Gayatri Mantra

OM NARAYANA VIDAMAHE
VASUDEVAYA DHI MAHI
TANNO VISHNU PRACODAYATA

 

 

 

 

 

 

 

 


Ganesha é o deus do sucesso e superação de obstáculos, mas é também associado com a visão, aprendizado, prudência e força. Como deus do sucesso, seu nome é invocado no início de um evento importante. Como removedor de obstáculos, ele é invocado ao começo de qualquer jornada, casamento, ritos religiosos, construção de casas, a escrita de um livro ou mesmo uma carta. Há dois mitos sobre seu nascimento e como ele se veio a ter a cabeça de um elefante. Um mito relata que sua mãe, Parvati, deu à luz quando seu marido, Shiva, não estava em casa.

Como Shiva foi a um retiro para meditação e não tinha previsão para voltar, Parvati determinou que Ganesha aguardasse e não deixasse ninguém entrar no quarto. Mas depois de algum tempo Shiva chegou e quando ele tentou entrar, a criança se recusou a deixá-lo entrar. Isto irou Shiva, que cortou a cabeça da criança. A tempo de desfazer seu engano, Shiva prometeu a Parvati que se ela colocasse a cabeça de qualquer pessoa ou cossa que atravessasse seu caminho rapidamente no dia seguinte, a criança voltaria a viver.

A primeira personalidade que deve ter passado por ela provavelmente foi um elefante. Shiva decepou sua cabeça e colocou-a no pescoço da criança ferida. Outra versão diz que Parvati foi presenteada com um lindo filho, e todos os deuses foram admirar o filho de Shiva e Parvati. Todos se admirararm, exceto Shani, porque qualquer ser que ele olhasse seria queimado. Mas Parvati insistiu para que Shani olhasse e admirasse seu filho. Mas tão logo ele o fez, a cabeça de Ganesha se queimou.

Parvati acusou Shani de ter matado seu filho, mas Brahma interferiu, e disse-lhe de forma confortante que se a primeira cabeça disponível fosse colocada em seus filho, ele estaria vivo novamente. Assim, Vishnu procurou e a primeira criatura que ele encontrou foi um elefante dormindo ao lado de um rio. Ele cortou sua cabeça e fixou-a no corpo de Ganesha. De acordo com as escrituras, Ganesha é um ótimo escriba e aprendeu as escrituras na religião.

 

Os hindus atribuem caráter religioso a todas as actividades, o que faz do hinduísmo uma ordem social-religiosa que influi directamente na vida toda, desde a moral até a economia e a gramática. De certa maneira, isso supera o pessimismo da desilusão e confere a cada momento da vida uma dimensão religiosa. São imperiosas as obrigações impostas pelo sistema de castas.

Actuar de acordo com a casta a que pertence é, para o hindu, consequência da doutrina enraizada na ordem do universo. A ordem social divide as pessoas em castas, assim como a vida se manifesta em formas inferiores e superiores. O sistema de castas surgiu na Índia com os árias e começou a desenvolver-se por volta de 850 AC. Sua origem parece proveniente da divisão entre o imigrante ária, de pele clara, e os nativos (dasya), denominados escravos (dasas), que se distinguiam pela pele escura.

Com o tempo, o sistema de classificação evoluiu para o plano político-social-religioso. Em sua estrutura mais antiga, o sistema era constituído de quatro castas: os brâmanes (sacerdotes), os xatrias (guerreiros), os vaixás (burgueses) e os sudras (artesãos). Cada casta tem suas próprias normas e está rigorosamente separada das outras. Não é permitido o casamento misto, nem a refeição em comum, nem a participação conjunta em actividades profissionais. A quebra de qualquer dessas obrigações implica a exclusão da casta, pelo que o indivíduo fica privado de todo direito social e se torna um pária, sem casta.

Mais tarde esse número de castas inicial aumentou e chegou a mais de três mil castas e subcastas, divisão que ainda influi poderosamente na sociedade indiana, apesar da extinção legal das castas em 1947. Nessa época, o sistema dividia a população hinduísta indiana em cerca de 17 milhões de brâmanes, vinte milhões de membros das outras três castas e mais de sessenta milhões de outras categorias, entre as quais a dos intocáveis (harijans, povo de Deus).

 

 

OM, o som universal

 

O que é?

O OM é a sílaba sagrada que representa o universo em sua totalidade. Não possui tradução literal e seu significado é o Absoluto (Brahman).

No pensamento hindu, esse poderoso bij-mantra é a origem de todas as coisas e de todo o ser. Os Vedas descrevem-no como a força natural básica intrínseca a todos os fenómenos da Natureza.
É o som do Universo se expandindo e é também o som do pulsar de cada átomo. É a essência dos Vedas e, portanto, o mantra entre os mantras. Tem sido relacionado com a palavra hebraica AMÉM, utilizada para finalizar as orações da liturgia Cristã).

O Om decompõe-se em três elementos: A, U, M, já que o som "O" resulta da fusão dos sons A e U.

O AUM rege um rol interminável de divisões ternárias, como pode ser visto no quadro abaixo:

Tríades

A

U

M

Deuses Supremos

Brahma

Vishnu

Shiva

Vedas

Rig

Yajur

Sama

Estados do ser

Sono

Vigília

Sono profundo

Períodos

Manhã

Tarde

Noite

Mundos

Terra

Céu

Atmosfera

Estados da manifestação

Grosseiro

Uniforme

Subtil

Elementos

Fogo

Terra

Ar

Temperamentos

Expansivo

Coesivo

Desintegrante

Poderes

Acção

Conhecimento

Vontade

Qualidades cósmicas

Materialidade

Energia

Essencialidade

Ciclos da existência

Nascimento

Vida

Morte

 

 

 

Agora que vocês já conhecem um pouco dos termos usados no hinduísmo, vou mostrar-lhes mais sobre um conceito-chave de minha religião: O Dharma.

Possui dois conceitos distintos, entretanto conectados. O primeiro é que o Dharma, quando iniciado por letra maiúscula, simplesmente quer dizer "os ensinamentos". O segundo significado é normalmente associado com o uso em letras minúsculas, Dharma, usado para designar "a forma como as coisas são". Pode parecer vago, até o momento em que você entende que a palavra Dharma é usada para denominar "as leis da natureza" ou "aquilo que sustenta o universo". Às vezes é sinónimo de "meio-ambiente universal". É no segundo significado que vamos nos focar.

Uma coisa a se lembrar é que através de tempos ancestrais, desde a era dos Vedas, várias centenas de anos antes de Cristo, o Dharma foi pensado com uma lei imutável do universo, similar às leis da gravidade, matemática, e a dinâmica dos fluidos. Assim como a gravidade é pensada como uma lei universal, independente de como é chamada em diferentes línguas, o Dharma também é considerado uma lei universal, independente de sua nomenclatura em diferentes religiões.

As mais antigas escrituras sobre o Dharma, dos Vedas, dizem que apenas sages podem experimentá-lo, e precisam passá-lo para os laymen através de mantras e outras acções. Mais tarde, nos escritos conhecidos como os Dharma Sutras foi dado um diferentes significados e implicações sobre o dharma: eles dizem que o Dharma foi a performance dos duties de acordo com a lei védica. O Dharma estava falando do significado de "uma regra da sociedade védica".

Infelizmente, escrituras mais novas não ajudam a esclarecer os significados perdidos da palavra Dharma. Eles tendem a não apresentar um significado uniforme para a palavra. Eles também não ajudam a encontrar formas práticas de como realizar o Dharma.

O Dharma é descrito no Bhagavadgita (o Som de Deus), uma secção do poema épico O Mahabharata. Nele, Krishna explica o significado da correcta sustentação da ordem mundial. Isto implica em todas as pessoas terem um caminho que elas precisam seguir para se sustentarem e obterem a salvação, através de yoga e práticas ascéticas, bhakti ou devoção, e Dharma ou qualquer prática de acordo com suas regras - esta última é a mais efectiva pois contribui tanto para o crescimento individual quanto para o crescimento do mundo como um todo, enquanto as duas formas anteriores apenas auxiliam o indivíduo.

O Dharma é infinito, ultrapassa os mundos material e espiritual e poderia ser pensado como um senso mental. É como dizer, enquanto o olho tem a visão e o ouvido o som e o nariz o odor, a mente tem Dharma. A palavra Dharma poderia ser bem usada para dizer "um bom senso" enquanto a palavra adharma poderia significar "um mau senso". O Dharma é a verdade universal permanente, incluindo as leis da natureza e a natureza das leis.

 

 


A maioria dos seres humanos passaram, em média, por 140 encarnações pelo planeta Terra. Esta é a Roda das Encarnações ou Roda de Sansara, o ciclo de encarnações em que todos estamos envolvidos, através da Lei de Causa e Efeito e, consequentemente, do carma de cada um. A referida Lei enuncia que a toda acção e pensamento que praticamos corresponde um resultado equivalente.

É comum escutarmos as expressões "colheu o que plantou", "recebeu o que deu", "feitiço virou contra o feiticeiro", "tiro saiu pela culatra" etc. São formas que a sabedoria popular encontra para expressar a verdade dos fatos. Tudo aquilo que exteriorizamos volta a nós, cedo ou tarde. Se dermos ao mundo ressentimento e maldade, ressentimento e maldade o mundo devolverá a nós, na forma de carma.

Carma é o acúmulo de tudo que fazemos, pensamos e agimos, seja nesta, seja nas vidas anteriores que tivemos. Cada ato fica impresso em nossos Registros Akashicos, que são registros de nossa alma, onde nada passa despercebido ou em vão, e se transforma em carma positivo ou negativo.

Conforme dito acima, essas acções retornam a nós, através da Lei da Causa e do Efeito. Por essa simples razão, o acúmulo das acções negativas é tão nocivo a cada um de nós. Em contrapartida, as positivas reflectem-se em nossa vida, através de evolução e paz interior.

Carma colectivo é a somatória de carmas individuais durante as eras. Cada um de nós tem sua parcela de contribuição para a situação por que o Planeta passa hoje em dia. Por mais essa razão, devemos nos atentar a nossos atos e à Lei Única: Quanto mais gerarmos situações e emanarmos energias positivas, maior a chance de todos receberem as bênçãos resultantes de tais actos. Claro que não somente para nossos próprios interesses vivemos, então, se expandirmos a atitude a todos que convivem connosco, o resultado será ainda maior e abrangerá todo o Globo.

Nosso objectivo é atingirmos a ascensão do plano físico, isto é, sairmos da Roda. Encarnamos para corrigirmos nossas falhas, para nos resgatarmos de nossos conflitos e aprendermos com outras experiências neste planeta. Essa é a meta principal de cada ser humano que aqui habita.

Como a maioria da humanidade ainda está envolvida pelos Véu de Maia e pela Ilusão do mundo físico, há muitos carmas individuais e colectivos a serem transmutados, antes de a libertação ser atingida por cada um. Os carmas individuais são tudo aquilo que cada um, através da Lei da Causa e Efeito, atrai para si. Nossos actos, pensamentos e progressos espirituais resultam no carma individual. Já o colectivo é a somatória destes mesmos factores, só que engloba toda a humanidade.

Os efeitos da Lei Universal unem-se em carmas diversos, positivos e negativos. Por exemplo, as guerras podem ser consideradas resultados de egrégoras ou pensamentos negativos. O resultado espiritual é o carma colectivo. Por essa razão, o Raio Violeta de Saint Germain é tão importante no actual momento de desunião planetária, para que a humanidade possa transmutar mais rapidamente tudo aquilo que acumulou de negativo durante toda sua existência através das guerras, ódio, inveja etc.

Mas por que adquirimos tanto carma? E como ajudamos a alimentar positivamente o carma colectivo?

A Lei da Causa e do Efeito é infalível. Tudo o que pensamos, fazemos e causamos retorna a nós, em algum período. Não há nada que possamos fazer para impedir isso. No entanto, através da Chama Violeta de Saint Germain, conseguimos rapidamente converter carmas negativos em positivos. Transformar "erros" em Luz pura e ascender essa energia a altos planos de Luz.

Ao decorrer de nossas encarnações, tivemos diversas chances e oportunidades de transmutar o carma negativo, utilizando nossas acções e pensamentos. Mas nem sempre tomamos os caminhos mais correctos, ou, nem sequer, sabíamos qual caminho tomar. Esse processo faz parte da evolução de cada um, percorrendo, da escuridão do não-saber, até a Luz do autoconhecimento e da meditação.

Muitas vezes, em nossas encarnações, cumprimos tudo, ou praticamente tudo, que havíamos nos proposto a quitar, antes de reencarnarmos. Porém, durante o processo da própria encarnação, adquirimos carmas adicionais, como se fosse um efeito bola-de-neve. Infelizmente, a névoa negativa, que há muito envolve o Planeta, acumulada pelos constantes actos e pensamentos maldosos da humanidade, ajuda a nos cegar para as verdadeiras razões de nossos erros e nos tira da sintonia dos propósitos elevados, presentes em nossa alma.

Uma das formas de iniciarmos uma nova jornada de paz e de equilíbrio energético individual e colectivo é a constante vigília de nossos pensamentos e de nossas acções.

O julgar, o falar indevido ou maldoso, o pessimismo, o mau-humor, a censura, o medo e muitos outros sentimentos e acções negativas ajudam a formar o Véu de Maia e a Ilusão, através das formas-pensamento que habitam o plano astral do planeta.

Os aspectos negativos, o Véu de Maia e a Ilusão conspiram a nos manter dentro da Roda de Sansara e, portanto, a nos manter sofrendo os efeitos do carma acumulativo. Somente com nossa vontade de nos libertar dessas amarras, conseguiremos romper esse ciclo interminável de tropeços e de acertos. Utilizando nossa própria intuição e coração, nosso Eu Sou guiará nossos passos à vitória final.

 

 

Também conhecido por algumas linhas, como a Antroposofia, como Crónica do Akasha. Tudo que existe no mundo e é percebido no plano físico (inclusive o homem), obrigatoriamente, estende-se a planos mais subtis de existências, como o etérico. No homem, suas atitudes e pensamentos deixam marcas em seus planos de existência interiores, dentre eles, o chamado corpo etérico. Pode-se dizer que nossa memória reside em nosso corpo etérico. Da mesma forma, os fatos ocorridos no mundo deixam suas marcas na substância etérea cósmica que permeia o Universo. Estas impressões permanecem gravadas como testemunho histórico dos acontecimentos, na forma de registros etéricos. A palavra sânscrita que designa estes registros é akasha (ou akasa), que significa "todo penetrante". No budismo e hinduísmo, akasha é a quinta-essência que preenche a toda a vida e todo o Universo. É o meio no qual se propaga o Verbo Divino.

 

Chamamos de Véu de Maia à "névoa" de formas-pensamento ou elementais (formas-pensamento) que envolvem a humanidade com todos os seus aspectos enganosos. Esses elementais são criações, por eras e eras, de nós, seres humanos, encarnados ou não, através da negatividade em nossa vida cotidiana. É como se fosse uma malha energética envolvendo o Planeta, uma malha composta de energias negativas de todos os tipos. A influência que essas energias podem causar, em âmbito mundial, é incrivelmente assustadora, e é necessária uma atenção especial de todos nós, para que possamos iniciar o processo de limpeza energética de nosso Amado Planeta e de nossas próprias auras. Na mitologia hindu, Maya é o demônio da mentira. Representa a sedução mundana tentando ocultar a verdade espiritual.

 

 

 

Chamamos de ilusão tudo aquilo que encobre a verdadeira essência do ser humano, como os próprios padrões nefastos da sociedade. Refere-se aos valores mundanos a que, muitas vezes, vemo-nos apegados e que, na verdade, não têm valor algum, como bens materiais desnecessários que conquistamos de forma desonesta e injusta. Todos temos direito à abundância em todos os aspectos, porém, o apego e o egoísmo são maneiras incorrectas de alcançarmos coisas materiais, deixando de lado nosso verdadeiro objetivo de crescimento interior para corrermos atrás da matéria. Não que isso signifique que devemos, também, esquecer de nosso aspecto terreno e viver visando apenas o espiritual. Longe disso! Devemos, sim, encontrar o equilíbrio entre o material e o espiritual para que possamos desfrutar da abundância Divina a que temos direito. Devemos encontrar o Caminho do Meio!

 

Reencarnação e carma - chama violeta

A Chama Violeta auxilia-nos no processo de purificação dos pensamentos e da negatividade colectiva. Mas, sem a mudança de sentimento, que é a essência da transmutação e da maneira de pensar, os efeitos serão muito poucos. De nada adianta transmutarmos algo negativo em positivo, se, logo em seguida, criarmos, em nosso coração, outra forma-pensamento que se juntará à névoa.

É preciso uma nova reformulação interior para que o processo atinja seu objetivo inicial. Uma das maneiras de fazermos uma reformulação é através do auto-conhecimento e da meditação, utilizando a Chama da Transmutação (Chama Violeta). A partir daí, podemos iniciar uma jornada mais profunda e segura pelo nosso próprio interior. Conhecermo-nos a fundo é uma das chaves para a ascensão.

Para o alcançar o autoconhecimento, é preciso treino e força de vontade. O esforço deve ser diário e constante. Podemos buscar forças em nosso próprio Eu Sou e nos Sete Raios, instrumentos maravilhosos à disposição da humanidade para este processo de encarnação que estamos vivenciando e, com o qual, aprendendo.

 

Avatar: O avatar é uma encarnação de deus na terra, normalmente um humano. Entretanto, às vezes pode encarnar sob a forma de outro animal. Tem-se o conhecimento de que Vishnu possui dez encarnações, sendo as mais conhecidas Rama, Krishna e o Buda (segundo a mitologia hindu).

Boon: Um desejo normalmente garantido por um deus a uma pessoa qualquer.

Brahmana: Um membro de uma certa casta de humanos devotos. É o maior grupo da casta hindu. Eles são chamados para realizar rituais.

Deva, Devataa: A forma masculina da palavra deus ou imortal.

Dharma: Frequentemente traduzida como a Verdade ou as Leis da Natureza. Também pode ser entendida como os bons feitos ou as boas acções de uma alma.

Kshatriya: Um membro de uma classe de seres humanos guerreiros. A maior parte dos lutadores e reis pertencem a esta classe.

Manav: Um termo para ser humano. Acredita-se ser o primeiro humano criado por deus.

Vedas: São as escrituras ancestrais do hinduísmo escritas em 4 volumes. Eles são a fonte de grande parte das crenças hindus. Os vedas foram a reunião das crenças das tribos indo-arianas que se estabeleceram na India, implantando grande parte da cultura hoje observada na região.

 

 

A literatura hindu deve ser dividida de acordo com os diversos estágios de sua religião.

O primeiro estágio é o Védico (2000 a.C.-1000 a.C.). Os Vedas (sabedoria, conhecimento) são os principais livros desse período. Foram completados por volta de 1000 a.C. Escritos originalmente em sânscrito, compreendem quatro obras: Rig Veda (Salmos dos Conhecimentos — é formado por 1028 hinos dirigidos a vários deuses), Yajur Veda (Conhecimento das Fórmulas Sagradas), Sama Veda (Sabedoria dos Hinos, das Melodias) e Atharva Veda (Conhecimento da Magia, dos Encantamentos). Nessa literatura não há menção de vida após a morte. A idéia de reencarnação surgiria no segundo estágio.

O segundo estágio, o Bramânico (1000 a.C.-800 a.C. fez surgir outro grupo de literatura, a saber, os Brahmanas (Sacerdotes). Tendo seu poder fortalecido pela necessidade contínua de sacrifício aos deuses, os brâmanes (sacerdotes) produziram tal literatura contendo instruções sobre os diversos sacrifícios, tanto domésticos como públicos. Contêm também lendas e instruções sobre a vida religiosa. Por meio de tais obras, os sacerdotes hindus apontaram os sacrifícios por eles realizados como a maneira para se obter a salvação. Exigiam pagamento pela realização dos rituais. Nessa literatura surgiram ideias como a transmigração da alma (reencarnação), a proibição de se comer carne bovina e a institucionalização das castas (sistema que dividia a sociedade indiana em vários grupos sociais, sendo os brâmanes a classe primaz).

O terceiro estágio denomina-se Hinduísmo Filosófico (800 a.C.–300 d.C.). Surgem os Upanishades (significando: assentado abaixo [dum mestre]), também conhecidos como Vedanta (significando: fim dos Vedas), cuja temática girava em torno da realidade humana, sua origem e seu destino. Desprezando os sacrifícios, salientavam que a salvação seria obtida através do discernimento espiritual, partindo a acção do próprio indivíduo. As acções do homem (Carma) tornam-no responsável por seu próprio destino. Seus erros deverão ser expiados numa série de reencarnações (samsara). Para evitar esse sofrimento, seria preciso seguir certas regras e práticas ensinadas nos Upanishades.

Outras obras foram: Sutras (Linhas) — colectâneas que enfatizavam ensinamentos dos Vedas e dos Upanishades; Livro de Manu — repleto de preceitos morais, alguns semelhantes ao do Cristianismo, o livro aponta a salvação através da observância das leis védicas, enfatizando o sistema de castas; Ramayana (A Trilha do Deus Rama) — conta a história da sétima encarnação de Vishnu, Rama, que é destituído de seu reino, tem sua esposa raptada; depois, ajudado por Hanuman, o deus-macaco, liberta sua esposa; o Mahabharata (A Grande Guerra dos Bharatas) — tem como ponto máximo a seção intitulada Bhagavad-gita [Canto Celestial], que mostra o diálogo entre Krishna e seu amigo e devoto Arjuna, questionando se seria antiético matar seus amigos e parentes na guerra e os Puranas (histórias antigas), que formam uma coleção de relatos religiosos.

 

Os Vedas

Os Vedas são os textos hindus mais antigos, e eles foram compostos e formatados oralmente por vários séculos (acredita-se que tenha sido entre 1500 AC e 1200 AC).

A palavra veda significa conhecimento ou visão. Há quadro livros, e eles são referenciados colectivamente como Sruti, que significa "aquilo que foi ouvido" e Samhita, que simplesmente significa "colecção".

O mais antigo dos quatro é chamado de Rig Veda, e os outros três Yajur Veda, o Sama Veda, e o Atharva Veda. O Rig Veda é o mais importante, e os outros vieram mais tarde, sendo baseados nele.

Eles são considerados pelos hindus como "a literatura revelada", tendo sido originada pelos deuses através de orações cantadas. Escrituras hindus importantes como os Brahmanas e os Upanishads, que foram escritas pelos humanos, são comentários baseados nos Vedas originais.

 

 





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