segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Sobre o Medo, Bhagavan


Bhagavan, por que sofremos de medo e como nos livrar dele?

Bhagavan: “ O medo é o centro da existência humana. Ele age como um estímulo para todas as outras emoções.

A natureza ou o universo criou o medo para garantir a sobrevivência física.

O cérebro inferior ou reptiliano é responsável por produzir uma reação de lutar ou fugir, sempre que a sobrevivência física está ameaçada. 

A medida que as civilizações cresceram e as sociedades avançaram, a vida das pessoas tornou-se segura.


A ameaça de sobrevivência física diminuiu. 

O foco então voltou-se para a esfera psicológica. 

Surgiu então a mente com um forte senso de identidade individual, criando esta territorialidade e divisão do “Eu” e “Não-Eu”. A mente humana, que é um mecanismo de sobrevivência, entrou em vigor com o medo como seu epicentro. 

Quase todas as atividades da mente podem ser decifrados pelo medo pela sobrevivência. 

Ele é a mãe de todas as emoções. Quando você chega a raiz do ódio, é o medo de ser dominado ou esmagado que se manifesta como repulsa por alguém. Ciúmes por outro lado é o medo de ser superado numa corrida. Você se torna violento quando está inseguro ou sua estrutura psicológica é ameaçada por uma pessoa ou situação. 

A culpa é o medo de perder a boa imagem que você tem de si mesmo.

Mágoa ou dor é novamente o medo de perder amor ou ser rejeitado quando você percebe que é um “ninguém”aos olhos de outra pessoa. 

A medida que você cresce em consciência deste medo você vê que ele é uma mera projeção. Não há nenhuma verdade nele. A mente projeta uma identidade não existente e luta para protege-la. É como um homem cego procurando um gato preto num quarto escuro que não está lá. 

A mente embarcou numa missão impossível, desde que não pode existir o momento dela alcançar um estado de total segurança. Quando nos tornamos conscientes de que o medo é uma mera projeção da mente então perdemos o medo, do próprio medo. 

O medo não pode ser resolvido, ele tem que ser dissolvido. Ele simplesmente muda de um para outro quando tentamos resolve-lo. 

Quando você se torna consciente e permite ao corpo passar por estas sensações desconfortáveis então o medo se dissolve. O medo não tem nenhum papel maior, nenhum significado a menos que você o dê a ele. A compreensão intelectual fracassa em ajudar a fase de medo porque ele desafia qualquer lógica. Quando o esforço para compreender cessa, há a experiência total dele, a qual é liberdade.”

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