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domingo, 27 de julho de 2008
Ego e a Atividade Espiritual
O Ego e a Atividade Espiritual
Alguns seguimentos filo-religiosos insistem e suprimir o Ego, abafar o poder de escolha pessoal
e transferir toda a responsabilidade de sua vida na mão de Guias ou entidades espirituais.
Normalmente a pessoa que recebe esse tipo de doutrinação acaba com o tempo perdendo
sua própria individualidade e servindo apenas como um instrumento para o plano espiritual.
Se por um lado a pessoa esta fazendo um caminho devocional de fé e de confiança no espiritual,
por outro, ela esta perdendo a oportunidade de fazer suas próprias escolhas e assumir a
responsabilidade de sua vida.
Muitos começam a abrir mão totalmente do seu Ego e viver uma vida de total entrega a forças que vão alem de sí mesmo.
Essa total anulação do ego sempre leva a conseqüências.
Depois, findo um tempo, se sentem amarguradas... Infelizes, doentes e apáticas. Por que será?
Porém não devemos esquecer que também somos espíritos que encarnamos com a possibilidade
de exercer um pouco do livre arbítrio e de fazer o exercício de escolhas.
A escolha nos remete a qualidade de sermos humanos e de estarmos fazendo o uso do
atributo espiritual da Inteligência.
Com o tempo podemos observar as conseqüências de nossas escolhas e ver que tudo levou
a uma maior compreensão de vida.
Acredito que o certo e o errado não existam de forma tão definitiva.
O fato é que ninguém pode ignorar sua humanidade e esquecer-se de curar suas feridas emocionais e resolver os seus problemas de vida na busca de sua felicidade pessoal.
O que acontece muitas vezes e que a pessoa abre mão totalmente de si mesmo por medo
de viver sua própria vida e enfrentar seus medos.
E como fica as lições que esse espírito veio desenvolver e crescer?
Mas cedo ou mais tarde haverá de se confrontar novamente com as lições que quis
ignorar.
Por exemplo a lição de humildade, de pedir desculpas, de assumir que errou, de voltar atrás.
A lição de amor ao próximo, de mostrar que se importa com as pessoa e que elas
são importantes em sua vida.
A lição da gratidão, não esquecer de se mostrar grato quando um beneficio lhe chega
através de um gesto ou uma atitude que demonstra carinho e atenção.
Perceber quando feriu desnecessariamente uma pessoa por causa de um medo
infundável de coisas que nunca existiram e que provalvemente não existirão.
A lição de assumir compromisso. Manter-se disponível naquilo que se predispõe a fazer.
A lição de ouvir, de se colocar no lugar da outra pessoa e ver como é aquilo para o outro.
A lição de ser amigo. A amizade é uma das mais nobres qualidades do espírito.
É quando nos colocamos de maneira amiga e orientamos os outro com coisas que sabemos e o outro não.
É ouvir, mesmo não concordando e ser sincero e verdadeiro e alertar o outro sobre os perigos.
Amizade é um dom divino que fica bem em qualquer lugar, podemos ser amigos de nossos pais, nossos irmãos, companheiros, marido, esposa, mestre, sacerdotes e discípulos.
Se a pessoa nega viver sua própria vida, com certeza vai querer viver a vida do outro, e logo se machuca por que ou interfere demais ou se mistura demais em coisas que pertence a vida do outro. Perdendo com isso a discriminação e podendo machucar ou se machucar com o tempo.
Existem pessoas com total medo da vida que não dão um único passo sem pedir orientação espiritual. E não confirmando seu desejo vão buscando a opinião de um de outro, e acabem por se engendrarem numa confusão muito grande de vida.
Assumir seu poder pessoal e assumir riscos e viver. Confiar na vida, seguir o curso, não interromper etapas.
Dialogar com os medos e fantasmas.
E viver a partir de sí mesmo.
É buscar ser feliz.
Escrito em Junho de 2006 por Cida Medeiros.
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